A escolha do herbicida correto é a chave para o controle das plantas daninhas na pós-emergência

Estar atento a todas as etapas do ciclo da cana-de-açúcar é fundamental para o produtor rural. Um dos grandes desafios é monitorar a matocompetição, que compete com a cultura por água, nutrientes e no momento da colheita causa danos operacionais. Se o controle com os pré-emergentes não for suficiente e as plantas daninhas crescerem em meio ao canavial, fique atento. É hora de agir, e rapidamente.

Caso haja escapes de daninhas após a aplicação do herbicida pré-emergente, o ideal é a utilização de um herbicida pós emergentes. Nesse momento, o produtor precisa de um produto eficiente no manejo tanto das folhas estreitas (capim-colchão, braquiária, marmelada, etc.), como das folhas largas (cordas-deviola, ipomeias, merrêmias, mucunas e mamonas).

Aplicação

O herbicida pode ser trabalhado na fase pós-inicial, quando as daninhas ainda estão pequenas, situação que possibilita aplicação tratorizada e evita a matocompetição com a cultura da cana.

Outra situação em que o produtor precisa intervir é nas aplicações da pós-emergência tardia às vésperas da colheita. “É quando áreas infestadas por cipós como corda-de-viola ou mucuna, por exemplo, atrapalham muito o rendimento operacional das colhedoras, o que acaba onerando muito os custos dessa operação. Nesse caso, podemos fazer a aplicação aérea com Calaris, via avião ou drone. Essa operação propicia o controle das plantas daninhas com desenvolvimento tardio, e isso é fundamental para alavancar o rendimento da colheita”, afirma o engenheiro agrônomo Welder Fuzita, coordenador de marketing da Syngenta.

Período indicado

O herbicida deve ser utilizado em períodos úmidos. Os meses de setembro a maio são ideais, pois existe umidade no solo. “Ele é um produto sistêmico, a planta absorve e transloca por toda a daninha”, diz o engenheiro agrônomo.

Utilização de dois herbicidas

O canavicultor tem dois tipos de herbicidas para utilizar no manejo de plantas daninhas. Produtos com foco no residual que controlam as sementes que ainda vão germinar, são os chamados pré-emergentes. Ou, num segundo momento, produtos para controle das plantas daninhas que já se desenvolveram, chamados pós-emergentes.

“O produtor pode trabalhar com os dois herbicidas onde eles se complementam, já que em diversas situações temos plantas nascidas na área e ainda sementes no solo, que irão germinar na sequência”, reforça Fuzita.

Importância dos herbicidas

Sem os herbicidas, a chamada matocompetição reduz significativamente a produtividade dos canaviais, com perdas que podem chegar a 40%. “Não só o produtor perde; a usina também perde, pois gasta mais para limpar as impurezas vegetais que acabam sendo levadas junto com a cana para dentro da indústria, o que onera mais o processo”, lamenta o agrônomo.