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Produtores devem intensificar combate ao percevejo barriga verde

Agricultores que ainda vão colher a soja precisam controlar a praga já pensando em diminuir a pressão no milho

PercevejoSyngenta
Foto: Syngenta

Conteúdo Especial

Foto: Syngenta

O percevejo é um dos piores inimigos da lavoura porque quando os estragos aparecem já é tarde para recuperar o que foi perdido. Por isso, a praga precisa ser monitorada não só no início do plantio, mas ter o controle intensificado no período reprodutivo da soja. A falta desse monitoramento poderá causar um efeito dominó com consequências irreparáveis na cultura posterior.

Dificuldade no controle do barriga verde

O percevejo barriga verde (Dichelops melacanthus) passa despercebido pelo produtor porque normalmente é o último a aparecer na lavoura de soja. Ele não tem o hábito de ir para a parte superior da planta, ao contrário, ele se alimenta das vagens que já estão prontas no terço médio para o baixeiro, e depois desce para as palhas.

Já as ninfas são facilmente confundidas com o percevejo marrom porque consomem as vagens na parte superior da planta. Uma armadilha para o agricultor, que não percebe a reprodução do dichelops na soja. Os danos só ficarão evidentes na cultura do milho, com o surgimento de uma grande população da praga.

Como controlar

O controle deve ser feito com aplicação do inseticida em R7 para eliminar a população de ninfas do percevejo marrom e também do barriga verde. O objetivo é evitar que se tornem adultas. “Essa aplicação é fundamental para quebrar o ciclo do marrom e principalmente do barriga verde que acaba ficando no sistema e consequentemente atacando o milho”, afirma a pesquisadora Jurema Rattes.

Atenção redobrada

No Rio Grande do Sul, estado que ainda não colheu a safra de soja, a atenção deve ser redobrada. O erro pode ser fatal para a cultura posterior. Monitorar e combater o percevejo nessa fase é determinante para diminuir a pressão na cultura posterior.

Manejo Integrado de Pragas

É impossível controlar o percevejo sem o monitoramento adequado. E essa prática passa necessariamente pelo MIP, o Manejo Integrado de Pragas. Bater o pano na lavoura é determinante para detectar a presença do inseto.

“É diferente da lagarta, que tem biotecnologia (plantas Bt) para auxiliar o controle. O percevejo depende 100% de monitoramento e entrada no momento correto com a melhor ferramenta. Para lavouras destinadas à produção de grãos, o valor de referência recomendado para a tomada de decisão para pulverizações é de dois percevejos (maiores que 0,5 cm) por batida de pano e para lavouras destinadas à produção de sementes, o valor de referência para o controle químico é de um percevejo (maior que 0,5 cm) por batida de pano, considerando uma fileira de plantas”, recomenda a engenheira agrônoma Giorla Moraes, gerente de desenvolvimento de inseticidas no Brasil, da Syngenta

Identificada a infestação do percevejo é preciso escolher a melhor ferramenta e inseticidas mais apropriados. Mas isso precisa ser feito com cuidado e na hora certa. O produtor deve ter atenção com as diferentes datas de plantio nas propriedades e na região, pois lavouras mais tardias sofrem maior ataque da praga, pelo aumento populacional proporcionado pelas maiores áreas de cultivo semeadas anteriormente, aumentando o potencial de danos nessas áreas.

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