Há poucos anos, algumas mudanças e avanços hoje considerados irreversíveis no meio rural seriam vistos como uma obra de ficção científica. A agricultura era conhecida como uma atividade na qual os patriarcas envelheciam, e os filhos iam embora para a cidade em busca de uma vida melhor. A sucessão no campo causava apreensão nos produtores rurais, que lá atrás abriram caminho, povoando o Cerrado e fazendo do Brasil uma potência agrícola mundial.
Os tempos mudaram e a inovação alcançou a agricultura de forma arrebatadora. Esse casamento entre o agronegócio e a chamada agricultura 4.0 vem transformando o campo num parque tecnológico de última geração, com benefícios econômicos que refletem não só no setor agrícola, mas em toda a sociedade.
Strider
A Strider é um exemplo desta revolução digital. A startup foi criada para desenvolver soluções digitais que impactam diretamente na operação das fazendas.
E o leque é amplo. A tecnologia atua na gestão de máquinas, manejo de pragas, e até mesmo no planejamento da safra entregando análises confiáveis baseadas em análises multidimensionais que combinam dados gerados por diversas fontes e sensores.
“Toda a fazenda está dentro de um sistema. O produtor rural terá nas mãos o histórico completo da propriedade. Olhando no tablet, ele vai saber qual talhão tem mais pragas, onde deve aplicar e qual o momento correto de usar o produto. Até o Manejo Integrado de Pragas fica facilitado”, comemora Giorla Moraes, gerente de desenvolvimento de inseticidas Brasil, da Syngenta.
A tecnologia ajuda a resolver uma equação difícil de se alcançar no campo: diminuir custos e aumentar a produtividade. O resultado positivo dessa conta nunca esteve tão próximo: a sonhada rentabilidade.
Jovens de volta
O movimento, que há alguns anos era do campo para a cidade, mudou de direção: hoje, os jovens estão voltando para a fazenda, atraídos pelo apelo irresistível da tecnologia. Mais do que isso, estão comandando a modernização das propriedades.
Isso já acontece com a tecnologia Strider na safra de soja, por exemplo, que por meio da agricultura digital, resolve problemas reais de gestão.
Na prática, o trabalho passa pelo diálogo entre tecnologias, buscando uma eficiência máxima na operação e utilizando plataformas desenvolvidas para o campo. O resultado é uma integração entre agricultor, conhecimento e todos os processos agrícolas.
Tempo de reação
A tecnologia possibilita um tempo de reação muito mais ágil no combate a pragas, ervas daninhas e doenças. O produtor rural pode antecipar ou adiar aplicações dependendo da necessidade detectada pelo sistema.
Condição climática
O planejamento é facilitado pela identificação antecipada das condições climáticas. É possível programar a colheita para um período sem chuvas ou saber se a plantação está sofrendo estresse hídrico ou térmico.
Utilização de mapas
Por meio da utilização de mapas de NDVI gerados por satélites, drones, vants e aviões é possível identificar áreas de risco e definir os principais pontos de monitoramento.
O futuro
Num futuro bem próximo o trabalho poderá ser feito remotamente. “Imagens geradas por diversas fontes irão dizer, baseado em temperatura, tipo de comportamento, identificação cognitiva e outras fontes de análise, qual detrator que tem em determinado ponto da lavoura. Não será preciso nem bater o pano, imagina a economia que aguarda pelo produtor rural logo ali na frente”, projeta a engenheira agrônoma Giorla Moraes.
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