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Criadores de gado franqueiro lutam por reconhecimento da raça junto ao Ministério da Agricultura

Rio Grande do Sul e Santa Catarina possuem cerca de 1,2 mil animais preservadosO gado da raça franqueiro movimentou o comércio do Rio Grande do Sul no início do século XVIII e hoje é uma espécie quase em extinção. Com cerca de 1,2 mil animais preservados entre o Rio Grande do Sul e o planalto de Santa Catarina, a Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos Franqueiros (ABCBF) luta pelo reconhecimento da raça junto ao Ministério da Agricultura.

O nome franqueiro vem do espanhol e significa franco, livre e sem dono. O animal da raça chama a atenção de longe. Chifres longos e finos, que chegam a mais de dois metros de comprimento, ou mais curtos, mas com até 65 centímetros de circunferência, e pelagem multicolorida. Eles vivem soltos e soberanos na região dos Campos de Cima da Serra, no Rio Grande do Sul.

Rústico e resistente a doenças, o gado franqueiro aprendeu a ser assim com o tempo. Sobreviviam os mais fortes em uma seleção natural. Um gado que ajudou o gaúcho serrano a se desenvolver.

— Como era uma região rica, da época completamente diferente da região de fronteira, região que o pessoal produzia, plantava, construía as mangueiras, galpões, invernadas de taipas, e esse era o motor na época, pra arar, arrastar. E para o leite, a vaca mais leiteira, era pra alimentação desse povo da região dos Campos de Cima da Serra — afirma o presidente da ABCBF, Sebastião Fonseca de Oliveira.

Na década de 50, com a construção das primeiras estradas, o franqueiro começou a dar lugar ao gado europeu, mas criadores como Oliveira ainda luta para a preservação dos animais. O criador tem 30 exemplares na propriedade no município de São Francisco de Paula. A associação que ele preside conta com 22 associados.

Além da luta da ABCBF para o reconhecimento da raça junto ao Ministério da Agricultura, também há um projeto de lei, tramitando na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, que propõe o reconhecimento do gado franqueiro como símbolo, história e cultura dos gaúchos.

— O Rio Grande não seria o Rio Grande sem esses animais. Essa aí é a base de tudo, a formação cultural nossa é essa aí. Se nós perdermos esse animal, perdemos a nossa identidade. Se o governo federal tem interesse nesses animais, que venham e me digam. Nós temos um animal que está aqui há quase 500 ano, e que nós pretendemos preservar — afirma Oliveira.

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