Cultivo de milho para produção de etanol é uma das principais fontes de renda de agricultores em Iowa (EUA)

No maior Estado americano produtor de milho, há 41 usinas de etanol em operação. Elas produzem álcool a partir do grão. As plantas são responsáveis por 14 bilhões de litros de combustível renovável por ano no mercado dos Estados Unidos.

Durante a expedição do projeto Soja Brasil aos Estados Unidos, a equipe visitou a usina de etanol de milho Lincolnway Energy. Ela é mantida por 900 produtores rurais do Estado de Iowa. Por dia, são processadas 1300 toneladas de milho, que resultam em uma produção anual de 227 milhões de litros de álcool.

Jessey Briley é técnico em laboratório e mostrou para o grupo de agricultores algumas etapas que antecedem a produção de álcool. São pelo menos sete subprodutos extraídos durante o processo. A maior parte é derivada do etanol, mas também são feitos biodiesel e a sobra do milho é transformada em ração animal. Briley revela que o momento é muito favorável para os combustíveis renováveis. O técnico afirma que a empresa não recebe subsídios, mas que os motoristas que optarem por biocombustíveis são beneficiados por incentivos federais.

Trabalham 35 pessoas na usina. O milho processado vem de produtores da região, distantes no máximo cinquenta quilômetros da fábrica. Briley conta que poucos produtores vendem o grão para consumo humano. O que é destinado para a indústria alimentícia vai para a produção de glicose de milho. Segundo ele, a maior parte do cereal é vendida para fazer etanol e ração animal.

Na usina, o milho chega transportado por caminhões. Depois que vira etanol, é escoado por trens para as costas Leste e Oeste dos Estados Unidos. Uma pequena parte do combustível fica no Estado de Iowa. Ao lado da Lincolnway Energy começa a ser construída uma nova unidade de outro grupo para produção de etanol, desta vez utilizando restos de colheita do milho.

Briley afirma que a unidade em que trabalha não foi projetada para processar biomassa, e sim para fazer etanol a partir de grãos de milho. Mas o técnico projeta que no futuro vão existir na região outras usinas, como a Dupont, produzindo etanol a partir da palha e da espiga do milho.