– A dessecação é uma prática recomendada, ela é muito usada quando se tem problema de retenção foliar ou haste verde. É recomendada também porque dá uma certa homogeneidade à planta, que fica toda com o mesmo aspecto, mesma coloração. Há uma aceleração do processo de amadurecimento de forma que vai facilitar a operação de colheita – diz o consultor do Projeto Soja Brasil, Áureo Lantmann.
Apesar de facilitar o trabalho de colheita, a dessecação exige alguns cuidados. Depois de concluída, há um período de colheita que deve ser respeitado. Mas, se a chuva atrapalhar, as perdas podem ser grandes. Para evitar prejuízos, Lantmann aconselha o produtor a consultar boletins meteorológicos frequentemente.
– A dessecação é uma prática que deve adotada por produtores de grãos, não deve ser uma prática comum para produtores de sementes. Um grande aspecto negativo é que depois da dessecação há um período para a colheita, sete ou oito dias. Depois do sétimo dia, se chover ou continuar chovendo, o produtor corre o risco de perder toda a lavoura, porque a soja vai murchar, encharcar, vai ficar suscetível a uma série de patógenos, e o produtor vai perder a planta, vai perder o grão, vai perder a produção por uma questão de detalhe. Então, o agricultor deve estar sempre alerta para consultar boletins meteorológicos para que não ocorram perdas caso haja chuva – explica Lantmann.
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Além de ficar atento ao clima, o consultor do Projeto Soja Brasil sugere ao produtor que diversifique a produção.
– Sempre se recomenda ao produtor que ele não plante apenas uma variedade, que procure diversificar o que vai plantar, na questão de época de plantio e ciclo, para que não ocorra esse tipo de problema. Adotar uma só prática como a dessecação, em cima de uma lavoura, com o mesmo material, plantado na mesma época, com o mesmo dia de colheita, pode dar errado. O produtor pode perder todo o seu potencial de produção em função de um planejamento não adequado pelo problema que pode trazer a dessecação – finaliza.
