Destruição da soqueira do algodão é fundamental para evitar problemas no cultivo da soja

Técnica deve ser aplicada em lavouras onde se pratica a cotonicultura logo após a colheita da oelaginosaEm algumas regiões de Mato Grosso, agricultores cultivam o algodão logo após a colheita da soja. Essa sucessão é muito rentável para ambas as culturas. No caso da soja, como uma leguminosa tem grande habilidade para aproveitar o adubo residual do algodão, o seu custo de produção pode gerar a redução de fertilizantes.

Porém é premente a destruição das raízes e do talo, denominado soqueira do algodão, para se evitar problemas no cultivo da soja.  

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O algodoeiro, diferentemente de outras plantas cultivadas, tem ciclo perene, o que significa dizer que continua vegetando após a frutificação. A manutenção das plantas no campo de cultivo permite que elas produzam novas floradas, e hospedem doenças e pragas como a helicoverpa.

A soqueira do algodão deve ser eliminada imediatamente após a colheita, para evitar que pragas e doenças se reproduzam. E também para que se mantenha um nível populacional capaz de produzir danos para a soja.

A prática de destruição de soqueira para que tenha eficácia precisa ser adotada pelo conjunto de cotonicultores de uma dada região, pois se executada de forma isolada torna-se ineficaz. Caso alguns agricultores não executem a destruição das soqueiras do algodão, ou o façam tardiamente, estarão propiciando a reprodução de pragas e doenças.

A não observância da prática de destruição dos restos culturais do algodão leva a infestações incontroláveis ou exigem do agricultor inúmeras pulverizações elevando os custos de produção.

Não foi raro encontramos soqueira do algodão no meio da soja com mais de 20 dias após germinação, o que provavelmente vai acarretar vários problemas com doenças e pragas inclusive a helicoverpa.