DuPont Colheita Farta destaca propriedade de Roberto Bressan, em Capão Bonito do Sul (RS)

Sojicultor administra a lavoura junto com o irmão, Renato; assista ao programa na íntegraA propriedade em Capão Bonito do Sul, no Rio Grande do Sul, é administrada pelos irmãos Roberto e Renato Bressan. Ambos começaram como arrendatários e tiveram que desbravar a terra. Hoje, 20 anos depois, já são os donos.

– Nós tínhamos um objetivo: como nós somos filhos de agricultores, o objetivo era continuar desbravando o campo e aumentando, um sonho. E conseguimos realizar esse sonho! – afirma Renato.

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A vida foi sofrida, mas o trabalho recompensou os irmãos Bressan, conta Roberto.

– Meu avô era agricultor, e meu pai era pequeno agricultor lá em Tapejara. Aí em 1993 nós viemos pra cá, como arrendatários. Foi aquela luta, né? Começamos como arrendatários até 2001, aí foi comprada a primeira área de terra em 2001 e, de lá pra cá, automaticamente foi sendo uma conquista após a outra – diz Roberto.

Segundo Renato, no início, em 1993, os irmãos começaram o cultivo em uma área plantada de cerca de 70 hectares.

– Todo ano foi aumentando um pouco até chegar em 550 hectares de terra, de área plantada, tudo arrendada. Depois, começamos adquirindo área, plantando um pedacinho aqui, um pedacinho ali, até chegar uma base de 300 hectares, hoje, nosso!

Roberto conta que trabalhava, muitas vezes, até 15 horas por dia.

– Pra conseguir fazer o que tinha que ser feito, né? A pior parte é o plantio. É o que é mais apurado, tu não pode perder a janela de plantio.

Fazer o manejo correto no solo é fundamental para o sucesso da lavoura.

– Foi fertilizado e começamos com o plantio de soja. Aí foi melhorando. A cada ano que passava, a gente foi investindo sempre mais em fertilidade e a terra foi melhorando. Por isso que a gente está alcançando uma boa produtividade hoje. Lá no início, já foi pensado em sempre mais, em formar uma caixa de fertilidade do solo. Era um solo pobre na época, agora ele está bem melhorado. A única vantagem da região é que ele é rico em massa orgânica. Mas é deficiente em fósforo e calcário, é muito ácido, o solo – classifica Roberto.

Segundo o engenheiro agrônomo Fabiano Paganella, basicamente todo o Rio Grande do Sul, principalmente a região de Capão Bonito do Sul, tem os solos muito ácidos e com problemas de fertilidade no campo nativo.

– Para vocês terem uma ideia, para corrigir 20 centímetros de solo, nessa região, nós precisamos de 15 a 25 toneladas de calcário por hectare. Então, realmente isso é um investimento muito pesado, inicialmente. Mas o retorno que o agricultor tem com o investimento no solo é muito interessante – afirma Paganella.

Renato escolhe a variedade de acordo com o tipo de solo.

– O agricultor fala: é plantar uma variedade e colher bem. Não! A gente tem que acertar a variedade, o tipo de variedade no solo. Porque o solo não é parelho em toda a região. Então tu encontra numa determinada lavoura um tipo de solo, noutra determinada lavoura, outro tipo de solo. Aí você tem que colocar a variedade compatível a esse tipo de solo.

E assim, eles, que começaram com uma produtividade de 35 a 40 sacas por hectare, hoje já chegam a registrar até 80 sacas em alguns talhões, graças à atenção dada ao solo, aos produtos utilizados e às variedades escolhidas.

– Com a fertilidade de solo, que a gente trabalhou bastante, ela foi aumentando a produção. Com nova genética, novas variedades de soja, a tecnologia, a aplicação de fungicidas, controle de pragas… Aí foi aumentando a produtividade – revela Roberto.

Na propriedade dos Bressan, a ferrugem não tem vez. E o segredo está justamente nas aplicações preventivas.

A gente faz sempre o preventivo. Entra antes do fechamento. A gente já mudou o espaçamento do plantio, que era de 45, e hoje estamos trabalhando com 50 de espaçamento entre linhas, pra fazer o produto entrar mais, pra pegar na folha baixeira, embaixo do soja. A prevenção é muito melhor – garante Roberto.

– Controle da ferrugem depende da cobertura do fungicida nas folhas e, principalmente, nas folhas de baixeiro, da parte baixa do terço inferior da soja. E a tecnologia de aplicação que nós temos hoje é boa, mas a gente ainda tem problemas pra conseguir fazer essa aplicação na parte debaixo da soja. Então, o controle preventivo torna-se a chave pra ferrugem – afirma o engenheiro agrônomo Fabiano Paganella.

Ficha Técnica
Produtor:
Roberto Bressan
Município: Capão Bonito do Sul – RS
Tipo de plantio: Direto
Data do plantio: 23/10/2012
Área plantada: 450 hectares
Previsão de colheita: 25/03/2013
Produtividade esperada: 60 sacas por hectare
Maior desafio: clima

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