De um lado, uma lavoura de soja, de outro, pastagens. Ao fundo, uma grande fileira de árvores. Três atividades juntas, em harmonia. O retrato de um novo e promissor caminho para a produção rural baseado na integração de culturas.
As pesquisas integrando produção de grãos, carne e madeira começaram em 2011 na Embrapa Agrossilvipastoril. A área experimental tem 72 hectares. Na teoria, os pesquisadores sabem que o sistema integrado gera benefícios técnicos e ambientais, mas ainda é preciso conhecer melhor os aspectos econômicos de cada situação que pode ser encontrada no campo.
Os experimentos envolvendo lavouras de soja e produção de carne são direcionados, principalmente, às médias e grandes propriedades rurais. Mas a pesquisa com sistemas integrados também atende aos pequenos produtores. Em uma área, o foco é a pecuária leiteira. O modelo prevê um ciclo de quatro anos.
A ideia é de que, no terceiro ano do sistema, o cenário seja semelhante ao encontrado pela expedição. Um pasto volumoso, enriquecido pelos resíduos do milho, utilizado especialmente para a alimentação de novilhas. Segundo os pesquisadores, no quarto ano do ciclo, serão as vacas em lactação que irão se alimentar ali.
Além de melhorar a qualidade e equilibrar a oferta de alimento dado ao rebanho durante todo o ano, a pesquisa também quer mapear a relação entre o sombreamento das árvores e a maior produtividade da vacada. Vale lembrar que as árvores plantadas no sistema integrado também podem gerar renda para o produtor, através da venda da madeira. Os resultados preliminares sobre a pesquisa devem ser conhecidos em seis meses.