— É a raça mais cosmopolita do planeta, ou seja, ela tem uma distribuição e se adapta bem, com naturalidade — comenta o técnico da Associação Brasileira de Hereford e Braford (ABHB), Gustavo Isacsson.
Equilíbrio é uma palavra que define bem o hereford.
— É a grande raça das médias. Se alguém disser que o hereford não é a mais pesada, ninguém pode dizer que é a mais leve. Se o heferord não for a mais precoce, ninguém pode dizer que é a mais tardia. Se não for a mais dócil, também ninguém pode dizer que tem o temperamento mais forte — completa o técnico.
As fêmeas estão aptas a reproduzir a partir dos 14 meses. O novilho hereford, se bem conduzido, também tem condições de ir para o abate entre 14 e 15 meses, com bom rendimento de carcaça e marmoreio. Os animais costumam ser bem eficentes no regime a pasto. É o caso da fazenda Santa Tereza, que seleciona a raça há mais de 65 anos, totalmente a campo.
— Talvez seja esse o grande atributo da raça: ela é capaz de produzir um produto de extrema qualidade, uma carne macia e saborosa, com índices zootécnicos adequados, o que se considera uma pecuária eficiente. Fundamentalmente é uma raça que possibilita ao produtor ter um retorno econômico dentro da atividade — explica o pecuarista Paulo Azambuja.
Já na quarta geração de pecuaristas, Azambuja trabalha para produzir genética hereford e vem se destacando nos projetos da ABHB, como a prova de avaliação de reprodutores a campo, voltada principalmente para o ganho de peso.
Disponibilizar boa genética aos pequenos é apenas um dos projetos da associação, criada em 1958. A raça é pioneira na certificação no Brasil, com o chamado Selo Pampa. O programa começou em 2000 e em 2011 certificou mais 39 mil animais, em parceria com dois grandes frigoríficos, que bonificam os produtores com até 10% sobre o preço de balcão.
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