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Equipe do Canal Rural percorre 2 mil quilômetros para acompanhar escoamento de grãos

Repórter Marcelo Lara e repórter cinematográfico Flávio Dias fizeram percurso de Sorriso (MT) até o Porto de Santos (SP)No dia 24 de fevereiro, uma equipe de reportagem Canal Rural embarcou na boleia de um caminhão para registrar o processo de escoamento da produção de grãos em Mato Grosso. O repórter Marcelo Lara e o repórter cinematográfico Flávio Dias fizeram o percurso de Sorriso (MT) até o Porto de Santos (SP).

Plantar, depender do tempo e pagar custos cada vez mais altos são desafios que os produtores enfrentam até a colheita dos grãos nas lavouras. No processo de venda, o escoamento da produção é a etapa mais difícil a ser superada.

– Não mudou muita coisa da estrutura logística do ano passado para cá. A gente teve a inserção de um terminal ferroviário em Rondonópolis, e alguma coisa já deve subir para Santarém, mas isso não será suficiente para acabar com os gargalos. Entre fevereiro e março, quando a colheita e os envios para os portos brasileiros se intensificam, o frete já atingiu a casa dos R$ 300,00 de Sorriso a Paranaguá (PR) no ano passado. Agora, [o frete] começa evoluir rumo aos R$ 350,00, gerando uma preocupação no Estado por conta deste valor – afirma o gestor de mercado do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Daniel Latorraca Ferreira.

– Temos que saber que não adianta melhorarmos as rodovias, ferrovias e hidrovias se, juntamente com isso, não acelerarmos o processo portuário. Temos que ter terminais de melhor qualidade para que, chegando na beira do mar, a carga possa ser carregada e levada, porque o custo do importador pós-porto afeta no preço pago ao produtor – destaca o diretor da Famato, Nelson Piccoli.

O coração do escoamento da safra de Mato Grosso tem uma artéria que se chama BR-163. A rodovia está entre as dez piores do país.

– A BR-163 é um corredor, uma loucura onde caminhões de carga são misturado aos automóveis, onde você anda em um trecho de 200 quilômetros e vê de quatro a cinco caminhões tombados, uma loucura pura mesmo – diz o produtor Clóvis Cortezia.

O motorista Fábio Veras, da Associação dos Transportadores de Cargas do Estado, dá carona à equipe. O caminhão é um bitrem com sete eixos, capacidade para 37 toneladas de grãos. A jornada será de mais de 2 mil quilômetros, que poderiam ser feitos em quatro dias se as condições logísticas fossem favoráveis.

– Teremos dificuldade, chuva e buraco, vai demorar entre seis e sete dias – adianta o caminhoneiro.

O primeiro percurso foi curto, mas a equipe registrou o primeiro caminhão acidentado às margens da rodovia. Foram 130 quilômetros até a primeira parada conforme a nova Lei dos Motoristas.

– Agora, vou fazer o pernoite de 11 horas de descanso, depois posso sair para fazer a nova jornada de trabalho. Amanhã, sairemos às 6h45min.

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