A terceira etapa da expedição Soja Brasil no Estado do Paraná foi realizada durante os dias 5 e 15 de janeiro. Foram visitadas as localidades de Pato Branco, Realeza, Capanema e Francisco Beltrão, Toledo, Nova Santa Rosa, Medianeira, São Miguel do Iguaçu, nas regiões sudoeste oeste do Estado, e Campo Mourão e Luiziana na região centro-oeste.
Na região sudoeste, as lavouras de soja são normalmente as primeiras semeadas no Estado, algumas já a partir do dia 21 de setembro. Agricultores que optaram por semear variedades superprecoces nessa data não terão rendimentos acima de 42 sacas por hectare. As estiagens ocorridas no início de outubro, aproximadamente de 15 dias, e a de dezembro, com 10 dias, associada a altas temperaturas, não permitiram um desenvolvimento pleno da cultura.
A semeadura de variedades superprecoces, normalmente, não contribui para um desenvolvimento máximo da soja. Qualquer estresse ligado a fatores climáticos tem efeito superior em variedades de ciclo superprecoce na comparação com as de ciclo precoce ou semiprecoce.
De forma geral, a maior parte das lavouras, nestas regiões, encontra-se nos estádios R3 e R6, com colheitas previstas para período entre 25 de janeiro e 20 de fevereiro, todas com bom desenvolvimento.
Um fato interessante é que agricultores, técnicos e engenheiros agrônomos não comentam sobre a ferrugem da soja, entendendo-se, desta foram, que tal doença não preocupa. Não pelo fato da doença em si, mas pelo conjunto de atitudes que se toma para combatê-la como as aplicações preventivas de fungicidas, as visitas constantes nas lavouras, o acompanhamento das informações geradas pelo consorcio antiferrugem e as aplicações de fungicidas em momentos mais eficientes no combate à doença. A doença mancha alvo é notada com frequência nas lavouras com estádio entre R4 e R5.
No período entre 5 e 15 de janeiro choveu bem nestas regiões, fato que vai ajudar muito para aquelas lavouras semeadas depois do dia 6 de outubro.