Antes de começar a complicada distribuição das vacinas para os estados brasileiros, é preciso fazer os testes definitivos, para comprovar a eficiência da vacina contra a febre aftosa. Eles acontecem na fazenda do Laboratório Nacional agropecuário (Lanagro), que fica na comunidade de Beira Campo, no municipio de Sarandi, Rio Grande do Sul.
A experimentação das vacinas é realizada em etapas. Os primeiros testes das amostras que saíram da central de selagem foram feitos em laboratórios de Porto Alegre e depois encaminhados para esta fazenda. Todas as amostras são codificadas, não é possível identificar as marcas fabricantes, como detalhou o fiscal federal agropecuário José Alberto Ravison:
– As doses são todas codificadas, começando no número 10 e terminando no número 20 aqui, hoje. São 11 partidas e este teste compõe o 8º de 2014.
O laudo dos testes vai para Brasília no departamento de fiscalização de insumos pecuários que libera a distribuição de lotes. Depois, o processo é finalizado em Vinhedo, no interior paulista. Para chegar até esta etapa, são necessários de 7 a 9 meses de trabalho e logística. Todas as vacinas que são comercializadas com selo holográfico têm pelo menos quatro avaliações de inatividade viral: duas no processo de fabricação, uma dentro do laboratório e outra pelo governo mostrando que o vírus está definitivamente morto e que só vai gerar anticorpos para proteger o gado da doença, jamais para espalhar.
A partir daqui, o desafio está na distribuição das vacinas para que possam chegar a tempo nas propriedades rurais – nesta ocasião, associaram-se 300 empresas de transporte.
Acompanhamos a distribuição de doses em Gravataí (RS), da retirada de doses na Inspetoria Pública à aplicação nos rebanhos de dois pecuaristas: Nelson Homem e Seu Valdir.
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