Centenas de pessoas assistiram ao debate entre juristas e autoridades, no auditório de uma universidade. O evento foi organizado por um grupo chamado “Brasil verde que alimenta”, formado por produtores, sindicatos e associações rurais.
Um dos participantes mais esperados era o senador Luiz Henrique da Silveira. Ele foi o relator na Comissão de Constituição e Justiça, onde o projeto já foi aprovado. E é o relator nas Comissões de Ciência e Tecnologia e Agricultura. Garantiu que está trabalhando em conjunto com o outro relator do projeto, Jorge Viana, da Comissão de Meio Ambiente.
Luiz Henrique informou que o mesmo relatório deve ser apresentado nas três comissões, para facilitar o entendimento e agilizar a votação. O senador voltou a afirmar que o senado deve votar em plenário o novo Código Florestal até o fim de novembro. O texto ainda tem que passar por outras três comissões antes de ir ao plenário.
Relator do projeto na Câmara, o deputado federal Aldo Rebelo disse que está satisfeito com o trabalho dos senadores e que não acredita em grandes mudanças no texto aprovado pelos deputados. O parlamentar espera apenas que o texto seja aperfeiçoado.
Mas as mudanças no Código foram alvos também de críticas. O desembargador da Câmara Ambiental do Tribunal de Justiça de São Paulo, José Renato Nalini, chamou a tentativa de reforma no Código de um ato de mutilação.
Segundo o professor de zootecnia, Eduardo Condorelli, não é bem assim. Ele realizou um estudo baseado em dados oficiais sobre os impactos da atual legislação no agronegócio e na balança comercial. Defendeu que não mudar o código florestal pode ser negativo para o brasil.
Um especialista em direito ambiental apresentou o valor que seria necessário para adequar as propriedades rurais brasileiras se entrasse em vigor hoje o Código Florestal, sem as mudanças propostas no Congresso. Segundo ele, com base numa pesquisa feita pela ESALQ, seria necessário o gasto de R$ 1,120 trilhões.
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