Em muitas fazendas de Chapadão do Sul, na região nordeste de Mato Grosso do Sul, a soja está crescida, já em ponto de florescência. Nesta fase, a vigilância na lavoura aumenta por causa das doenças. A coleta de folhas é um trabalho frequente. Do campo vão para o laboratório da Fundação Chapadão, onde são minuciosamente analisadas.
Em uma área são feitos os testes para controle da ferrugem asiática. O que se quer é saber o melhor produto e o período ideal de aplicação, mas quem trabalha na fundação aprendeu a observar outro fator importante para combater o fungo: a direção dos ventos.
Quem coordena todo o trabalho é Edson Borges, diretor executivo da Fundação Chapadão. Pela internet, ele une várias informações, mais o que o laboratório apura na região, e, semanalmente, informa os produtores rurais via correio eletrônico. Se a ferrugem está por perto e o vento favorável, o tom é de alerta máximo. A estratégia tem dado certo.
– Nas últimas quatro safras a ferrugem não causou prejuízo porque a ação dos produtores foi correta, sem erros – diz Borges.
O controle fitossanitário é apenas um dos trabalhos realizados pela Fundação Chapadão. Nos 120 hectares do campo experimental, são validadas diversas tecnologias. Desde variedades que mais se adaptam à região, até a pesquisa completa sobre fertilidade do solo. Demanda dos produtores para melhorar o resultado nas lavouras.
Hoje, a fundação tem 90 associados e atua em 14 municípios nos Estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás e Pará. E os planos para o futuro são de expandir a área de abrangência.
Para os produtores de Chapadão do Sul, o trabalho da fundação tem sido fundamental. Em uma fazenda da região foram plantados 14,6 mil hectares de soja, 5,5 mil de milho de verão e, na semana que vem, começa o plantio de 2,6 mil hectares de algodão. O planejamento é feito somente depois que fundação divulga dos resultados dos experimentos.