Ideli reiterou que o governo não negocia a volta da chamada emenda 164 da Câmara, que anistiava desmatamentos em áreas de preservação permanente, como topos de morro, encostas e margens de rios.
Ruralistas insistem em deixar de fora do texto do Código Florestal qualquer obrigação de recomposição dessas áreas, o que seria definido depois pelos Estados. O argumento é que o pequeno produtor pode ser prejudicado com a redução de suas áreas.
A ministra avisou que esse ponto é essencial para o governo. Ela chegou a brincar com os líderes dizendo: “não acredito que vão causar problemas”.
Ideli avisou que não está nos planos deixar para um veto da presidente Dilma Rousseff a solução dos impasses. Se não houver consenso nos próximos dias, o código só será votado após a Rio+20, em julho. Para governo e ruralistas, é o pior cenário: em 11 de abril, vence o decreto que suspende as multas para produtores que não estiverem em conformidade com o Código Florestal, e o Planalto não está disposto a prorrogá-lo mais uma vez.