Embora os bloqueios permitam a passagem de veículos com cargas perecíveis, como carne, leite, animais e frangos vivos, no retorno esses veículos são barrados e não podem recarregar.
De acordo com o diretor da entidade, que também é dirigente também da Associação Catarinense de Avicultura (ACAV), Ricardo de Gouvêa, a situação é caótica e pode haver demissões.
– A economia da região está sendo estrangulada. Em muitos municípios, a coleta de leite foi suspensa. Enviamos alertas a órgãos dos governos estadual e federal pedindo ação rápida. Animais e aves podem perecer por falta de alimentação – disse.
Faesc pede fim da greve
A Federação da Agricultura do Estado de SC (Faesc) faz apelo aos caminhoneiros para o fim da greve do setor e salienta que o movimento está prejudicando a agricultura do oeste do Estado.
O presidente da entidade, José Zeferino Pedrozo, diz que a Federação compreende as razões econômicas que motivaram o movimento, mas alerta que as famílias rurais estão sendo profundamente prejudicadas e muitas terão prejuízos irrecuperáveis.
Segundo a entidade, somente no oeste circulam diariamente seis milhões de litros de leite, três milhões de frangos e 20 mil suínos que formam a base da economia regional, mas esse fluxo foi interrompido pela greve. Nesta terça, dia 24, pelo menos cinco frigoríficos resolveram paralisar a produção e, na quarta, dia 25, praticamente todo o parque agroindustrial vai parar por falta de insumos.