Dezenas de empresas do setor de aves expõem produtos e tecnologias na feira. A avicultura passou por uma crise em 2012, mas se recuperou no ano passado. Agora, a expectativa é manter o crescimento nestes próximos 11 meses.
– A tecnologia faz parte do desenvolvimento da avicultura. Tirando a tecnologia da avicultura de hoje, muito difícil você conseguir ter os resultados, tanto no meio ambiente como na genética – afirma o diretor executivo Sindiavipar, Ícaro Fiechter.
Os expositores, produtores de aves e cooperados presentes na feira estão otimistas. Mas podia ser melhor, pois esperavam para este ano um cenário de custos menores. A ideia de uma safra recorde de soja poderia diminuir preços do farelo de soja, mas essa possibilidade não se confirmou no mercado.
– O custo para um preço que é sempre baixo para nossa proteína, às vezes, inviabiliza o setor. Foi o caso do ano passado a partir do segundo semestre. Tínhamos patamares de farelo de soja a US$ 400 a tonelada e, repentinamente, chegamos a US$ 1.400, um preço insuportável. Neste ano, sinalizava-se uma safra recorde e os preços refluíssem, mas efetivamente não, pois houve recomposição dos estoques mundiais. Os países compradores começaram a levar soja e, efetivamente, os preços se mantiveram em patamares acima do normal – explica o presidente da Ubabef, Francisco Turra.
O farelo de soja está cotado em média a R$ 1.100 a tonelada, valor semelhante ao registrado no último semestre de 2013. Mesmo com alto preço do insumo, as indústrias do Estado, que é o maior produtor e exportador de aves, acreditam em crescimento sólido para o setor. A abertura de novos mercados pode sustentar o atual volume de exportações, que bateu recorde em 2013 com mais de 1 milhão de toneladas embarcadas.
– Torcemos também para que tenhamos recuperação em preços do frango no mercado internacional, e também que a gente possa ter condição melhor de produção, teremos mais oferta e estamos no início da safra ainda com algumas incertezas de quebra de produção, dadas condições climáticas, especialmente na região noroeste e centro sul do Paraná. O que nós precisamos é ter bons preços a nível de carne para compensar esse aumento de custos que certamente vamos ter em função do dólar. A China, neste ano, vai ser o maior comprador de produtos processados do mundo, superando os EUA. O que evidencia uma perspectiva boa de mercado. Nós temos que torcer que as condições econômicas dos países melhorem, que a China não caia no crescimento e a Europa melhore. E aí a gente vai ter uma condição mais propícia – planeja o presidente da Organização das Cooperativas do Paraná, João Paulo Koslovski.