A região enfrenta uma das piores secas da história, algumas cidades ficaram mais de 30 dias sem receber chuvas. Em média, as lavouras apresentam perdas de 30%, as mais prejudicadas foram a soja o milho e o feijão. Para agravar a situação o produtor ainda convive com o aumento de 25% no custo de produção.
– O produtor que comprou na véspera do plantio chegou a pagar em torno de R$ 1.880 a tonelada do adubo. No caso do milho, o mesmo adubo que usa no plantio teve essa alteração de câmbio e cobertura que a gente usa teve um aumento de bem expressivo, em torno de 27% por tonelada – diz o consultor de mercado Fabrício Andrade.
A seca atrasou o plantio da safra de verão e comprometeu a “janela” da segunda safra. Segundo Andrade em muitas áreas o cultivo do grão não deve ocorrer.
– Essa janela de safrinha é limitada para a nossa região até dia 25 de fevereiro, posteriormente nós temos até 15 de março para o plantio do sorgo ou girassol. Se estender disso, só vai ser possível finalizar com o trigo, que requer menos água do que essas lavouras anteriores – explica.
Preocupados com a possibilidade de futuras perdas, muitos produtores cogitam em não cultivar novas áreas.
– A gente não sabe até onde o bolso aguenta, mas a situação é muito crítica em função do clima nos últimos meses – diz o produtor rural, Valdenir Cassemiro Barbosa.