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Integração de culturas e pastagens consorciadas: práticas cada vez mais usadas para aumentar produtividade

Podem ser consorciadas entre si: capim com lavouras, com leguminosas ou até de gramíneasA integração de culturas e as pastagens consorciadas têm sido práticas cada vez mais usadas para aumentar a produtividade da pecuária. Seja de capim com lavouras, com leguminosas ou até de gramíneas consorciadas entre si, o Rota da Pecuária encontrou exemplos bem-sucedidos pelo caminho.

Nas regiões mais agrícolas de Mato Grosso, como em Diamatino, o Rota da Pecuária encontrou muito gado sobre pastos consorciados de braquiária com o milheto, que, além de nutritivo, fornece boa cobertura vegetal para o solo. Já em Campo Novo do Parecis, equipe encontrou capim consorciado com a lavoura de milho, uma integração feita após a safra de soja.

– Depois da colheita do milho, vamos soltar o gado na área para pastorear o capim e comer alguma sobra do milho.  É um sistema “três em um”, porque é soja, milho e gado. Nós estamos com uma média já de muitos anos de 60 sacos de soja, 100 sacos de milho safrinha e 22, 25 arrobas de carne por hectare ano – afirma o agropecuarista Dalmar Rolim.

Mais ao norte do Estado, em Porto dos Gaúchos, tradicional região de pecuária, o Rota da Pecuária encontrou um consórcio usado para recuperar as áreas degradadas da fazenda Fim da Picada, de 2 mil hectares de pastagens. O pecuarista Valter Rozolin vem investindo em reforma e optou por adotar a rotação de culturas.

– Após ter terminado o capim, a fazenda estava praticamente inviável. Optamos então pelo plantio do arroz e fazer um teste: aproveitar o adubo do arroz para pastagem. E deu certo. Depois de dois anos, a lucratividade do arroz não é tão grande. Mas o lucro é o que fica aqui na terra, na pastagem. O nosso objetivo ainda é criar gado – afirma Rozolin.

Pastagens consorciadas com leguminosas têm sido outra alternativa em busca de produtividade. E um exemplo disso foi encontrado na Fazenda Indaiá, na cidade de Paraíso das Águas (MS). Os 1,4 mil hectares de pasto da fazenda são totalmente consorciados com as leguminosas, como o estilosante usado com a braquiária. O que possibilita uma lotação de 3,5 unidades animais por hectare.

– Além de ser uma fonte de proteína mais nobre, ela fixa nitrogênio para as gramíneas, e as gramíneas são muito exigentes. Ganhamos o benefício financeiro através da proteína, que melhora o ganho de peso dos animais, e pelo aumento da quantidade de matéria verde – afirma Clóvis Garcia Júnior, gerente da fazenda.

O Rota da Pecuária também encontrou gramíneas consorciadas entre si, como a mg5 com a humidícola, um capim próprio para áreas alagadas, bastante comum nas pastagens de Sonoro, Mato Grosso do Sul, na divisa com Mato Grosso.

– Já fizemos alguns testes com brizantha, por exemplo, mas ele teve menor durabilidade que o mg. Optamos pelo mg porque percebemos que ele dá uma quantidade melhor de massa – afirma o pecuarista Luiz Renato Rovina.

Esse consórcio vem sendo usado há cinco anos por Rovina na formação dos pastos que substituem o capim nativo da Fazenda Piúva. Dos 5,6 mil hectares destinados ao pastoreio na propriedade, 700 ainda devem ser formados com o plantio simultâneo de mg e humidícola.

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