Foi também por necessidade que a raça, genuinamente brasileira, surgiu, entre as décadas de 1790 e 1810, na região de Lagoa Dourada, no sul de Minas Gerais. O jumento pêga é fruto do cruzamento de asininos egípcios, italianos e sicilianos. Raças que melhor suportavam as condições climáticas, topográficas e nutricionais do solo da região.
A história da origem do jumento pêga contou também com uma contribuição especial da mão de Deus, ou pelo menos de um servo muito fiel. Foi um vigário do arcebispado de Mariana, em Minas Gerais, o grande incentivador da criação desses animais. E foi dele, do padre Manoel Torquato, o primeiro reprodutor pêga da história, que era chamado de Nero.
O Estado de Minas Gerais manteve a tradição e continua sendo o maior criador da raça. A associação, fundada em 1947, passou de 900 para 1.100 associados nos últimos três anos. E lançou recentemente a primeira revista específica sobre a raça.
O bom andamento do jumento pode ser visto também em seus descendentes. Os muares, mulas e burros, fruto do acasalamento do jumento com a égua, são os grandes responsáveis pela valorização do pêga, que chega a valer até 80 mil reais.
Uma das principais diferenças entre o jumento pêga e o nordestino é a estatura. O pêga é maior. A pelagem varia em três graus de cor, apresenta listras na lombar e nas paletas, e tem orelhas muito empinadas.
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