– Trabalhava dia e noite… Hoje eu não faço mais isso, né? Mas valeu a pena. Se tivesse que fazer de novo, eu faria – conta Pozzobon.
Élvio Pozzobon lembra que começou com quatro hectares de arroz e quatro de soja.
– Todos os anos aumentando um pouquinho… Aí, em 1993, a gente já passou pra 20. Todos os anos a gente aumentava 10%, 15%, 20%, e em 1995 a gente já estava com 80%. Depois, a gente foi comprando mais máquina, né? Então, o que trabalhava jogava em máquina. No começo a gente só tinha um tratorzinho, pequenininho, um 65…. Uns dois anos depois a gente trabalhou só com esse tratorzinho – diz o produtor.
A família nunca perdeu de vista a necessidade de estar sempre buscando conhecimento e investindo no que há de mais novo na sojicultura.
– Uma coisa que até hoje a gente sempre faz é: tem uma palestra, a gente vai! Não sou formado. Estou na faculdade da vida, mas assim, ó… tem uma palestra longe ou perto, a gente procura sempre ir, sempre ir!
A origem de toda essa força e a inspiração para tocar a lavoura vem do seu Ari, pai do Élvio e do Jaime. Ele conta como começou.
– Eu comecei aqui. Em 1936, o “finado” pai comprou essa propriedade aqui ó… Eu nasci em 1938. Aí, com 12 anos, eu assumi o cabo do arado. Em 1966, o “véio” comprou um tratorzinho 65… Até hoje nós temos ali! – conta Ari. Hoje, ele não está mais à frente da administração da fazenda. Essa função está sob a responsabilidade dos filhos.
Deixar a doença chegar para depois combater, nem pensar! Os irmãos estão sempre monitorando a lavoura e garantindo as aplicações preventivas.
– Geralmente, são três aplicações. Se for alguma área de semente, tem que ser quatro. A cada 20, 21 dias, 23 dias, tem que passar o pulverizador preventivamente. Depois que se instala, aí não adianta. Então a gente sempre procura passar de manhã cedinho. Às vezes, quando tem que passar bastante, a gente passa no final da tarde. Mas não mais que 10 ou 11 horas da manhã. Depois, começa à tardinha de novo.
Segundo o engenheiro agrônomo Fabiano Paganella, é importante realizar o monitoramento junto com a aplicação preventiva de pulverizador.
Jaime Pozzobon fala sobre o retorno do trabalho.
– Hoje, tem bastante trabalho. Muito mais que antes. Hoje, tu tem mais trabalho, mas também tem bastante retorno. Tu olha pra trás, tu vê a diferença que fez. Isso aí é bastante válido, né?
Élvio também comemora os resultados das últimas décadas de trabalho.
– O orgulho que a gente tem é que todo o trabalho que a gente teve, de todos esses 20 anos, foi um trabalho que valeu a pena. Desde quando a gente começou, até hoje, a gente cresceu muito. É sinal que o serviço que a gente fez, fez bem feito e que cresceu. Então nós estamos trabalhando, e trabalha cada vez mais, né?
Ficha Técnica
Produtor: Élvio Pozzobon
Município: Santa Maria (RS)
Tipo de plantio: Direto
Data do plantio: 01/11/2012
Área plantada: 500 hectares
Previsão de colheita: 05/04/2013
Produtividade esperada: 65 sacas por hectare
Maior desafio: clima