Para debater o assunto, estavam presentes Luís Eduardo Pacifici Rangel, coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins da Secretaria de Defesa Agropecuária do MAPA, Paulo Degrande, professor e Pesquisador da UFGD, Armando Sá Nascimento Filho, diretor de Defesa Sanitária Vegetal da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia – ADAB e Glauber Silveira, presidente da Aprosoja Brasil.
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– Infelizmente no Brasil nós temos uma morosidade que é uma coisa absurda. Chega a ser irritante. Chega a ser um desrespeito – lamenta.
Ele critica ainda os altos custos de aplicação do produto e a falta de investimento do governo federal para custeamento de pesquisas da Embrapa.
– A Embrapa deveria trazer um mutirão e fazer palestras e ensinar a identificar lagartas. Imagina quem for receber orientação em março? – questiona Silveira.
Mas Luis Eduardo Rangel, representante do Ministério da Agricultura, garante que governo vem trabalhando para destravar ao máximo o acesso à nova molécula. Segundo ele, a expectativa é que se consiga atender rapidamente o produtor nesta questão.
– Estamos em vias finais da parte burocrática para permitir primeiro na Bahia, depois em Mato grosso, e estamos em via de reconhecer o Piauí como zona de risco – afirma.
Armando Sá Filho trouxe o programa de controle fitossanitário criado na Bahia como exemplo para ressaltar que a integração entre todos os produtores é fundamental para se criar uma política de defesa vegetal consistente.
– Criamos um grupo de gerenciamento e passamos a discutir cada tema, sobre liberação de moléculas, uso, questão do vírus.
Os altos índices de ataque da helicoverpa na safra deste ano causaram pânico entre os agricultores. Somada à lentidão da liberação da molécula de benzoato, está a deficiência técnica, que muitas vezes leva a aplicações de defensivos em excesso ou no período inadequado. Em função disto, o professor Paulo Degrande lembra que ter o controle da situação é necessário para um manejo eficiente:
– Você tem que saber o que está ocorrendo caso a caso, talhão por talhão. E agir baseado em critérios. Você tendo um norte, consegue tomar decisões mais acertadas. O pânico nunca é bom, porque nos deixa cegos.
Para compartilhar da mesma orientação, o consultor do Soja Brasil Áureo Lantmann fez uma participação no final do fórum:
– Alta tecnologia significa especialização de todo o processo – resumiu.