>> Sem soluções prontas, safra recorde de soja desafia capacidade de escoamento no Brasil
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O Sojicultor Eduardo Costa Cassiano produz 1.500 hectares do soja e tem capacidade para armazenar 50 mil sacas na propriedade. Ele conta que armazenagem há menos de 20 km de Quarto Centenário, no Paraná, mesmo assim, sofre com o custo do transporte, que chega a R$ 0,40 centavos por saca de soja.
– Esse é o preço para o transporte interno dentro da fazenda. A gente tira da lavoura e traz até a propriedade – explica.
O custo aumenta quando o transporte sai da propriedade e chega a custar R$ 1 por cada saca de soja. O caminhão carrega 600 sacas por apenas18 quilômetros.
– Se for para levar no municipio de Goioerê, o preço do transporte dobra. Não está fácil achar os caminhoneiros porque as estradas não estão boas. Eles reclamam da qualidade das rodovias. Quando chove não conseguem transitar, o caminhão quebra, então este custo a gente acaba arcando. A gente vê a produtividade crecendo tanto de milho quanto soja na primeira e segunda safra, porém, vemos que este gargalo logistico está cada vez maior – lamenta o produtor.
Situações como do produtor foram debatidas no fórum, realizado na Fazenda Boa Sorte, na tarde desta sexta, dia 31. Especialistas em logística discutiram os desafios para esta safra e chegaram a mesma conclusão: de que muito pouco mudou em relação a safra passada. Segundo o presidente da Aprosoja Brasil, Glauber Silveira, os gargalos são os mesmos, a situação nos portos permanece e algumas estradas até pioraram.
Dentro da programação da abertura oficial da safra de soja também foi realizado um painel sobre os cenários para o mercado e as perspectivas para esta safra. O analista da consultoria Safras e Mercado, Flávio França Júnior, aposta numa safra boa com volume maior do que no ano passado.
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