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Mapa afirma que não faltarão alimentos devido à estiagem

Ministério divulgou estudo sobre os impactos da seca para a agropecuária e lançou site com principais informações sobre gestão de água e safra 2014/2015Depois de reunião na Casa Civil para tratar dos impactos da questão hídrica, a ministra Kátia Abreu, afirmou que não faltarão alimentos no país, mas reconheceu que a ausência de água terá impactos na produção de laranja em São Paulo.

A ministra evitou comentar as consequências de um eventual rodízio de água na produção local, ressaltando que cabe ao próprio governo de São Paulo decidir pelo rodízio.

– Não estamos vendo crise profunda na produção de alimentos. A soja em janeiro já foi colhida, estamos iniciando a segunda safra de milho e algodão. É hora adequada para o produtor tomar decisão – disse a ministra, em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto.

Segundo a ministra, a reunião com o ministro-chefe da Casa Civil  serviu para discutir os impactos da questão hídrica, tanto do ponto de vista do produtor, que tem suas safras financiadas e precisa pagar as contas, quanto do ponto de vista do abastecimento, para garantir que os produtos não faltem e não gerem inflação.

– Fizemos a leitura do clima atual e das perspectivas pros próximos três meses. No Nordeste, sabemos que especialmente no Ceará, em Paraíba e em Pernambuco, poderá ter forte seca no semi-árido, uma ausência de chuva nos próximos três meses. Em Bahia, Alagoas e Rio Grande do Norte, terá dificuldade (de falta de chuva), mas não tão forte – comentou a ministra.

Ao avaliar o quadro geral, a ministra disse que o governo não está com uma postura de “otimismo exacerbado”, mas de “torcida realista”.

– Com as chuvas de fevereiro, estamos otimistas. Com commodities, de modo geral, não há problema. Nosso problema não é hídrico com relação a pecuária de corte, mas a preços internacionais – analisou Kátia Abreu.

Preços

Indagada sobre o impacto da questão hídrica nos preços dos alimentos, a ministra respondeu que qualquer variação se trata de “coisa sazonal”.

– Não é estrutural, já vimos no passado no caso do tomate, não é estrutural. Estamos com expectativa de que perímetros irrigados do Nordeste e de Goiás deverão produzir o suficiente pra não termos problemas com tomate, batata e cebola – afirmou.

A ministra evitou comentar o impacto que um eventual rodízio de água em São Paulo teria sobre a produção local. De acordo com Kátia, será feito anúncio de safra nesta quinta, dia 12, às 9h, na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que não deverá sofrer alteração em relação ao que já foi anunciado em janeiro. 

Água sem desperdício

Kátia Abreu lançou ainda um site especial com as principais informações sobre os efeitos da crise hídrica na agricultura brasileira.

— Vamos mostrar como técnicos e produtores rurais poderão fazer uma gestão mais racional da água nas suas propriedades — disse a ministra. 

As informações são de extrema relevância e foram organizadas na Embrapa, Ana, Conab e Inmet.

– Reunimos uma força-tarefa e vamos prestar informações qualificadas, inéditas e de utilidade pública à sociedade brasileira – resumiu Kátia.

Além de soluções tecnológicas para o melhor uso da água na produção vegetal e na criação de animais, o site vai relacionar projetos de pesquisa em andamento que estão buscando maneiras inovadoras e diferentes para captar e armazenar água da chuva nas diferentes formas de irrigação. 

Outro destaque será o link Observatório Safra 2014/2015, que trará informações inéditas, com análise dos impactos atuais e potenciais da crise hídrica sobre a agricultura e o abastecimento de alimentos no Brasil.

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