– Vota-se antes [da Rio+20]. Nós temos um compromisso do presidente da Câmara, Marco Maia, com os deputados, que [o texto] será votado entre os dias 13 e 23 de abril – disse a senadora.
A presidente da CNA foi contundente ao criticar organizações ambientalistas que afirmam que o texto do novo Código vai elevar o índice de desmatamento no país. Segundo ela, os críticos ficam sem argumento quando lhes é perguntado em qual trecho do texto consta permissão de aumentar o percentual de área desmatada.
– Como representante do setor agropecuário, se eu tivesse alguma coisa para esconder, eu gostaria que [o Código Florestal] fosse votado depois da Rio+20. Mas é o contrário. Eu estou louca para exibir ao mundo as nossas condições. Não temos nada para esconder. O nosso Código Florestal, o que nós vamos finalizar na Câmara dos Deputados, é apenas para trazer segurança jurídica aos produtores. Não há nenhum artigo no Código Florestal que aumente o desmatamento.
Sobre as expectativas para a Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorre no mês de junho no Rio de Janeiro, Kátia Abreu afirmou que está otimista.
– Eu estou muito entusiasmada, e acho que será uma oportunidade ímpar para que nós possamos mostrar ao mundo, especialmente àqueles estrangeiros que não conhecem a realidade brasileira, que o Brasil, do ponto de vista ambiental, tem autoridade moral para dizer coisas importantes sobre o meio ambiente como, por exemplo, preservação ambiental. Ninguém conseguiu construir uma das maiores e melhores agriculturas do planeta em apenas 27% do território e preservar 61% do território. Isso é uma riqueza que nós temos orgulho de mostrar para o mundo.
Assista à entrevista concedida a Roberto Rodrigues:
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Infográfico: Confira os dois lados do relatório
do Código Florestal aprovado no Senado