Com a possibilidade de uma nova expansão do cultivo da soja, para 29 mil hectares, aproximadamente, é provável que a safra 2013/2014 atinja um novo recorde, afirma o consultor do projeto Soja Brasil, Áureo Lantmann. Esse quadro pode ser atingido se a média nacional de produção for de 3 mil quilos de soja por hectare.
Para chegar nesses valores, ajustes técnicos precisam ser considerados, a fim de não comprometer o rendimento da oleaginosa. Segundo Lantmann, o que mais faz com que a soja não expresse seu potencial produtivo é a falta de cobertura dos solos, ou seja, a presença da palhada, da massa seca. Entre os benefícios de uma boa cobertura do solo, estão a retenção da umidade, a proteção do solo da incidência raios solares, o melhor aproveitamento dos nutrientes e um melhor desenvolvimento radicular.
Na safra passada, em algumas regiões aptas a produção da soja, o início da semeadura e o desenvolvimento foram bem afetados por falta de chuva, gerando atrasos e consequente mau desenvolvimento da lavoura por falta de umidade. Se houvesse a cobertura correta do solo, a umidade poderia ter sido retida, explica Lantmann.
A semente de soja necessita absorver, no mínimo, 50% de seu peso em água, para assegurar boa germinação. Nessa fase, o conteúdo de água no solo não deve exceder os 85% do total máximo de água disponível e nem ser inferior aos 50%. Para minimizar os efeitos do déficit hídrico, Lantmann indica semear apenas cultivares adaptadas à região e à condição de solo; semear em épocas recomendadas e de menor risco climático; semear com adequada umidade em todo perfil do solo, e adotar práticas que favoreçam o armazenamento de água pelo solo.