Ele afirma ter visto nos ovinos a solução para o aumento da produtividade e qualidade de carne. Seu rebanho conta, hoje, com mil animais puros em uma fazenda em Mococa (SP).
– Nós percebemos o espaço que temos de crescimento. O dorper vem para ser um divisor de águas, para acrescentar no ganho de peso e ser a raça que, cruzada com as ovelhas nacionais, vai produzir uma carne de padrão internacional. Percebemos nitidamente o tamanho deste mercado, o espaço que existe para a ovinocultura brasileira crescer em nosso país – afirma.
Poliselli acrescenta que entre os diferenciais da raça estão a resistência e a capacidade de reproduzir o ano inteiro, com ciclo de produção de nove meses. Além disso, conta com uma característica antes inexistente no Brasil, que é a produção de genética específica para carne.
– O produtor brasileiro enxergou a possibilidade que ele trará para o Brasil de produzir uma carne que em nenhum lugar do mundo tem. Porque a maioria dos países cria ovelha ovelhas com finalidade de produção de lã e o dorper é um dos poucos ovinos no mundo que não produz lã, mas sim carne da melhor qualidade. Produto que o Brasil em pouco tempo vai poder colocar nos principais restaurantes e supermercados do mundo – aponta.
O proprietário de restaurante e chef André Bearzotti é adepto da carne ovina. Segundo ele, um bom produto agrega valor ao trabalho.
– São carnes que não precisam ser mascaradas com molho. Produtos tão bons, que o acabamento do prato é muito simples. A gente serve com molho separado, vem como decoração no prato, para que a pessoa aprecie o sabor da carne, com aparência muito boa, suculenta – diz.
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