Nesta sexta, dia 20, os caminhoneiros de Mato Grosso estiveram reunidos com o governador Pedro Taques. Durante a reunião com o governo, a classe de transportes pediu a redução da alíquota de ICMS sobre o diesel de de 17% para 12%; bem como o balizamento nos fretes. Eles também pedem a revisão da lei que estabelece o cadastro de código de barras junto ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
Ao final da reunião, que durou cerca de duas horas, ficou acordada a criação de uma comissão para fazer o estudo de cada caso. A comissão será formada pela Secretaria de Fazenda de Mato Grosso, Assembleia Legislativa, associações e sindicatos de transportes.
– Conversei com o secretário de Fazenda [Paulo Brustolin] e ele deve receber os representantes do setor na próxima semana com a pauta de reivindicação – disse Taques.
O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Mato Grosso (Sindmat), Eleus Vieira de Amorim, afirma que foi satisfatório o diálogo.
– O setor do transporte rodoviário, praticamente 70% do custo é ocasionado pelo combustível, depois vem pneu, rodovias em péssimas condições e a parte mecânica – conta.
Nesta sexta, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) divulgou uma nota repudiando a paralisação dos caminhoneiros nas BR-163 e BR-364. “Apesar de entender e apoiar a reivindicação dos caminhoneiros visando à redução de custos, a Abiove considera ilegais as tentativas de tabelamento de preços dos fretes, pois contrariam o princípio da livre concorrência”, afirmou a entidade na nota. A Abiove também destaca que há “atitudes agressivas de coerção”, para forçar todos os motoristas a aderirem à paralisação e ações de bloqueio de fábricas.
Em Rondônia, os caminhoneiros encerraram os protestos, que já duravam mais de 15 dias. De acordo com o presidente da Cooperativa de Transportes de Rondônia, Jorge Roberto Baungratz, os caminhoneiros chegaram a um acordo com as traders. No Paraná, caminhoneiros em Pato Branco, Cascavel, Guaíra e Paranaguá também alertaram que poderão parar. As manifestações poderão, inclusive, chegar a Santos.