? Devemos intensificar os processos já existentes, uma vez que a intensificação sustentável de produção de alimentos é o maior desafio deste século ? frisou o cientista.
Ele lembra que o Brasil ocupa um dos primeiros lugares na exportação de alimentos, como soja, carne bovina e biocombustível. Em contraponto a esse sucesso econômico, disse, houve aumento de pressão sobre o meio ambiente, o que resultou em erosão do solo, contaminação dos rios e perda da biodoversidade.
Para ele, a reforma do Código Florestal é uma oportunidade para prever medidas que promovam o crescimento da produção de alimentos a partir de processos sustentáveis, em harmonia com o meio ambiente. Ele considera que se for dado aos pequenos produtores acesso a terra, à mecanização, a boas sementes, adubo e água, eles produzirão três a quatro vezes o que produzem hoje, podendo manter áreas de reserva legal em suas propriedades.
Conforme observou, a agricultura do futuro deve combinar o uso de uma gama de tecnologias capazes de promover o aumento da produtividade agrícola sem comprometer os recursos naturais. É a chamada agricultura de baixo carbono, que promove a utilização de práticas como o plantio direto, integração lavoura-pecuária, fixação biológica de nutrientes, entre outros.
Além de Elíbio Leopoldo Rech Filho, participa do debate aberto pelo senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) o professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP), Ricardo Ribeiro Rodrigues.