Quirinópolis, sul de Goiás. Na cidade, a pecuária foi base da economia até a agricultura chegar, há pouco mais de uma década. A lavoura de soja é opção para muitos pecuaristas que precisam renovar as pastagens, mas a chegada de usinas de álcool vem mudando o cenário e disputando cada hectare.
E os números mostram bem a pressão da uma cultura sobre a outra. Enquanto a soja ocupa algo em torno de 25 mil hectares, a área da cana chega a ser cinco vezes maior.
São 130 mil hectares. Em uma fazenda da cidade, os proprietários decidiram, há dois anos, transformar as pastagens em canaviais. E começaram logo com 2,6 mil hectares, sendo 70% da área arrendada para uma das usinas.
Francisco Quirino é um dos quatro filhos de Luiz Otávio Andrade de Oliveira, dono da fazenda. Ele é o responsável pelo setor agrícola da empresa da família. Apesar do bom momento da cana, a cultura não é única aposta da região. Na fazenda Fortaleza, foi plantado, nesta safra, 1,5 mil hectare de soja, 50% mais do que na safra passada.
A lavoura irrigada também está nos planos de Francisco Quirino. Hoje, um pivô cobre uma área de 70 hectares, mas ele já tem aprovação para instalar outros sete equipamentos. Nessas áreas pretende produzir soja, milho para semente e feijão.