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Plantio direto, rotação de culturas e irrigação alavancam produção de soja no interior do RS

Tapera investe em tecnologia e já projeta índices maiores de produtividadeA equipe do Soja Brasil, em passagem pelo Rio Grande do Sul, visitou o Planalto Médio gaúcho, que na última safra teve altos índices de produtividade. A explicação está na tecnologia.

Enei Konrad nasceu e se criou no município de Tapera, no interior do Rio Grande do Sul. Sempre no meio da lavoura, uma herança que veio dos pais. Aquele tempo Konrad que guarda com carinho na memória, e lembra bem das dificuldades enfrentadas pelo produtor rural.

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De lá para cá muita coisa mudou, principalmente na tecnologia. Enei Konrad, por exemplo, colheu só na última safra 75 sacas de soja por hectare, algo impensável no passado.

O clima favorável colaborou, mas sem a análise para correção de solo seria impossível chegar a uma produtividade tão alta.

– Após o resultado, a gente entra com todos os fertilizantes necessários e material de ponta com alta produtividade e tecnologia. No município de Tapera, como foi implantado o plantio direto, mudou praticamente 100%. Nós aumentamos a produtividade, conservação do solo, diversificação. Isso tudo compõe essas altas produtividades – comemora Konrad.

Dos 100 hectares cultivados, 70 são destinados a soja, 20 hectares ao milho e 10 para pastagens. A diversificação é outra característica deste município do Planalto Médio, que pratica plantio direto há 30 anos.

– Sistema de plantio direto, falando de manejo e conservação do solo, vem reunir práticas importantes. Hoje o produtor está mais atento à rotação de cultura, que é um fator básico e importante para manter o sistema também. No inverno, o trigo, cevada, aveia – explica o técnico agrícola da Emater Jair Ross.

Dos 18,5 mil hectares de área do município, 16 mil são utilizados na agricultura. A irrigação começou a chegar, e os planos para o futuro são promissores, como adianta o prefeito de Tapera, Ireneu Orth:

– O que se projeta é um aumento de produtividade. A diversidade de culturas também é uma perspectiva. Até porque exclusivamente ficar na soja, no trigo, que são culturas já tradicionais, mais outras coisas que são plantadas em áreas menores, dão um resultado maior. E a tendência é procurar cada vez mais a ponta em termos de produtividade em todas essas áreas.

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