Em Campo Novo dos Parecis, no oeste do Mato Grosso, devido à estiagem, a soja semeada no final de setembro e início de outubro apresenta sérios problemas, como intenso ataque de lagarta elasmo e falhas no stand. Em algumas lavouras, haverá necessidade de replantio.
Durante o ciclo da soja, as condições de umidade do solo, aliadas à capacidade do solo em fornecer nutrientes, são as principais responsáveis pelo crescimento das plantas e produção de grãos. Como os nutrientes são disponibilizados para as plantas através da solução do solo, quando ocorre deficiência hídrica, as plantas sofrem carência de água e de nutrientes.
Na ausência de outras limitações, as condições favoráveis de umidade no solo durante o período vegetativo favorecem o crescimento, resultando em plantas com altura compatível com a colheita mecanizada. O desejável é que as plantas alcancem uma altura acima de 60 centímetros, por ocasião da maturação, o que contribui para reduzir as perdas de grãos na operação de colheita.
Para garantir uma alta taxa de crescimento das plantas desde os primeiros estádios de desenvolvimento – além da germinação e emergência – o solo, por ocasião da semeadura, deve estar com boa umidade em todo o perfil.
De forma geral há uma antecipação da época de semeadura da soja nas regiões de Rondônia e Centro Oeste. Isso para viabilizar o cultivo do milho safrinha apos a colheita da soja. Vale ressaltar que, de modo geral, o período preferencial para a semeadura da soja, nessas regiões, vai de meados de outubro até 10 de dezembro. Entretanto, é no mês de novembro que se obtêm grande produtividade e altura de planta adequada.
Em áreas bem fertilizadas e com alta tecnologia, pode-se conseguir boa produção em semeaduras realizadas até 20 de dezembro. No entanto, em vista dos danos mais severos da ferrugem nas lavouras semeadas mais tarde, a tendência é iniciar a semeadura o mais cedo possível, que garanta altos rendimentos, recaindo na maioria dos casos em segunda quinzena de outubro e primeira de novembro.
Fonte: Embrapa Soja