– Hoje nós temos três plantas que consideramos como resistentes ao glifosato. No Sul, o azevém, e do Paraná para cima, o capim amargoso e a buva. Elas são plantas que existem na natureza e vão se manifestando como um problema em função daquilo que vamos fazendo no campo, como o uso continuado do mesmo herbicida e o manejo inadequado das áreas de produção.
Além da buva, o capim amargoso também causa grandes prejuízos caso não seja controlado. Depois que ele se instala nas lavouras, de acordo com Gazziero, é muito difícil controlar, e o produtor acaba gastando demais para combater o problema.
– O agricultor conhece bem o capim amargoso, que se reproduz por semente e também vegetativamente. É uma planta que a gente acha que não tem muito problema enquanto ela está pequena, assim como a buva, mas uma vez que ela já esteja mais desenvolvida, aí é muito difícil de controlar. O agricultor acaba gastando demais em várias operações para controlar a planta, que é resistente.
Além da perda de produtividade, que pode chegar à metade da safra em grandes infestações, Gazziero alerta que a lavoura pode perder também em outros aspectos.
– O quanto vai prejudicar varia muito da condição de infestação. Nós temos vários trabalhos mostrando que essas plantas podem causar 50% a 70 % de perda de rendimento em condições mais graves. De 20% a 30% o produtor perde, em média. Mas existem também outros problemas como o aumento na impureza e problemas de umidade.
Para evitar o problema, de acordo com Gazziero, o produtor deve adorar práticas de manejo antes de a planta daninha invadir a lavoura.
– Nós temos uma campanha de prevenção para que o produtor adote práticas de manejo antes de o problema entrar na propriedade – conclui.