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Práticas de manejo nas lavouras são essenciais para evitar plantas daninhas na soja, diz pesquisador da Embrapa

Segundo Dionísio Gazziero, além de perdas na produtividade, lavouras podem perder também em outros aspectosA presença de plantas daninhas nas lavouras de soja tem tirado o sono de muitos produtores brasileiros. A buva, o capim amargoso e o azevém são as mais preocupantes, pois são resistentes ao herbicida glifosato, segundo o pesquisador da Embrapa Soja de Londrina (PR) Dionísio Gazziero. Para fugir desse problema, o ideal é adotar práticas de manejo antes das plantas atingirem a soja.

– Hoje nós temos três plantas que consideramos como resistentes ao glifosato. No Sul, o azevém, e do Paraná para cima, o capim amargoso e a buva. Elas são plantas que existem na natureza e vão se manifestando como um problema em função daquilo que vamos fazendo no campo, como o uso continuado do mesmo herbicida e o manejo inadequado das áreas de produção. 

Além da buva, o capim amargoso também causa grandes prejuízos caso não seja controlado. Depois que ele se instala nas lavouras, de acordo com Gazziero, é muito difícil controlar, e o produtor acaba gastando demais para combater o problema.

– O agricultor conhece bem o capim amargoso, que se reproduz por semente e também vegetativamente. É uma planta que a gente acha que não tem muito problema enquanto ela está pequena, assim como a buva, mas uma vez que ela já esteja mais desenvolvida, aí é muito difícil de controlar. O agricultor acaba gastando demais em várias operações para controlar a planta, que é resistente.

Além da perda de produtividade, que pode chegar à metade da safra em grandes infestações, Gazziero alerta que a lavoura pode perder também em outros aspectos. 

– O quanto vai prejudicar varia muito da condição de infestação. Nós temos vários trabalhos mostrando que essas plantas podem causar 50% a 70 % de perda de rendimento em condições mais graves. De 20% a 30% o produtor perde, em média. Mas existem também outros problemas como o aumento na impureza e problemas de umidade.

Para evitar o problema, de acordo com Gazziero, o produtor deve adorar práticas de manejo antes de a planta daninha invadir a lavoura.

– Nós temos uma campanha de prevenção para que o produtor adote práticas de manejo antes de o problema entrar na propriedade – conclui.

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