Uma preocupação que faz a diferença na hora da entrega do produto. Grãos molhados ficam ardidos e perdem peso, gerando prejuízos para o produtor. Um problema que o produtor Evandro Busanello sentiu no bolso na safra passada. Ele planta 100% de soja precoce nos 2,3 mil hectares da propriedade em Primavera do Leste. No ano passado, a chuva chegou bem na hora da colheita e seguiu por um período muito longo. O comprometimento da produtividade foi alto e ele chegou a perder cinco sacas de soja por hectare.
– Perdemos muita soja por peso. Nós não conseguimos entrar com as máquinas na lavoura, chegamos a colher soja já estragando no pé. Mas conseguimos colher toda a soja da lavoura, mas perdemos bastante produção justamente por causa da chuva – relata.
Nesta safra, Busanello plantará algodão safrinha após a colheita da soja. Pensando em ganhar tempo e garantir uma boa janela no plantio das plumas, o produtor ocupou novamente 100% da área com a variedade precoce da oleaginosa. O desenvolvimento da lavoura é satisfatório até agora, com expectativa de superar 60 sacas por hectare:
– Cada ano que passa o clima anda mudando, você não consegue adivinhar ao certo de ano a ano o que está passando. E é isso que temos que ficar espertos e não bobear com a colheita.
Pelas nuvens carregadas, o jeito é pedir uma “mãozinha” para São Pedro, deixando a chuva longe daqui neste momento. E também seguir à risca o que os especialistas estão orientando.
– Então o produtor sabendo das vantagens e, principalmente, das desvantagens de se cultivar material muito precoce, deve optar para sua propriedade o cultivo de material também de ciclo médio ou de ciclo semiprecoce, justamente para se evitar a ocorrência de grandes chuvas durante o mês de janeiro – recomenda Áureo Lantmann.