>> Acesse o site do Projeto Soja Brasil
– Levamos uma sorte muito grande neste ano. O clima colaborou, e as expectativas são muito boas. A gente espera uma produtividade em torno de uns 55 sacos por hectare, número que, para uma variedade precoce, é muito bom – afirma o técnico agrícola Edson Gurski.
O otimismo é o mesmo de Sérgio Stefanello. Nesta safra, ele cultivou 4 mil hectares com a leguminosa, 240 dos quais com a variedade super precoce, que está começando a ser colhida bem mais cedo que a do ano passado.
– Normalmente o preço é bem melhor se você colher primeiro, pois você foge do período de muita oferta de soja. Em segundo lugar, nesse talhão iremos plantar o milho pipoca. Então, você antecipa o plantio e antecipa consequentemente a colheita. E entra mais cedo no mercado – afirma Stefanello.
Segundo ele, o desempenho obtido pela variedade nesta safra é satisfatório. Ainda mais pelo risco que essa variedade oferece, por se tratar de uma semente super precoce.
– Os principais cuidados são as partes das pragas. Por isso, há que se ter um cuidado especial, por ser uma soja muito precoce de ciclo muito rápido, a tendência do ataque de pragas é muito grande, principalmente lagartas – afirma Gurski.
E esses cuidados acabaram elevando os custos de produção desta safra. O aumento impactou também em outros produtores do estado. Segundo um estudo do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), nesta safra 2013/2014 o custo foi recorde. O valor ficou em R$ 2.347,47 por hectare, uma alta de 23% em comparação com a safra anterior.
Apesar disso, o Estado tem muito que comemorar. Foi a maior área semeada da história, com quase 8 milhões de hectares, e se projeta uma das maiores produções, de 23,7 milhões de toneladas. Esses números mantêm Mato Grosso no topo da produção nacional de soja.