Produtores do Paraná descobrem os benefícios da análise de fertilidade do solo

Tecnologia aumentou em 30% produtividade das culturas de verão e safrinhaA equipe de reportagem do Soja Brasil mostra o que significa para os produtores o correto estudo de fertilidade do solo: mais produtividade e redução de custos a médio e longo prazo. O exemplo vem da cidade de Astorga, no Estado do Paraná. Claudinei Ischida planta 320 hectares de soja, milho safrinha e um pouco de trigo. A relação dele com a agricultura, que vem desde a infância, mudou a partir de 2008, quando ele passou a estudar a fertilidade do solo. Cinco anos mais tarde, a agricultura de pr

Assim como Ischida, outros nove agricultores de Astorga têm uma parceria com a Cooperativa Integrada. Por isto, conseguem um desconto com a empresa terceirizada que realiza o trabalho de coleta do solo e monta os mapas de fertilidade.

– Neste caso específico aqui de fósforo, a gente observa que nesta área onde está a tonalidade vermelha, um rosa mais claro, o nível de fósforo no solo é baixo. Então, é feita a correção na medida em que mudam as cores. No amarelo, melhora um pouco o nível de fósforo e, assim, sucessivamente, até o azul mais forte onde o nível de fósforo é bastante alto – explica a agrônoma Salete Tondato Roque, ao analisar um book de análise de precisão, que é interpretado junto ao produtor rural.
 
– De 2008 para cá, no momento que nós adotamos esta tecnologia, já houve um aumento na média de uns 30%, tanto na cultura de verão como na safrinha – comemora Claudiner Ischida.
 
A adesão ao projeto ainda é pequena, os custos são altos e o retorno vem a médio e longo prazo. Mas o coordenador técnico da Cooperativa Integrada, Francis Magalhães, garante que quem investiu não se arrependeu. A diferença é muito grande:

– É um investimento que o produtor faz e é um diferencial. Se o produtor quer se manter na atividade é uma das ferramentas muito importantes na agricultura. Melhora em produtividade, a condição geral, a uniformidade da lavoura, muda tudo.
 
Frederico Camargo de Anchieta é outro cooperado que utiliza a prática. A história dele é diferente: até 2008 trabalhava com pecuária. Quando decidiu plantar soja, milho e trigo, o produtor adotou desde o início a agricultura de precisão nos 555 hectares:
 
– Buscamos o que tinha de mais informação e tecnologia para poder estar começando com o pé direito. Não adianta você começar uma história lá atrás, sendo que você já tem recursos hoje para poder estar desenvolvendo o trabalho.
 
– O que a Integrada está fazendo aqui tem um diferencial, porque ela apenas terceiriza o trabalho de amostragem e a montagem do mapa de fertilidade. A interpretação é o técnico da cooperativa que faz. Isto é um avanço muito grande. O técnico da cooperativa conhece o agricultor, conhece o histórico da área e, com isto, ele vai agregar um conjunto de informação que as empresas não têm. Então, a distribuição fica melhor – avalia o consultor do Projeto Soja Brasil, Áureo Lantmann.

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O Canal Rural vai transmitir a Abertura Oficial da Colheita da Safra de Soja 2013/2014, na Fazenda Boa Sorte, no município de Quarto Centenário, no Paraná. Na tarde do dia 31 de janeiro, serão realizados fóruns temáticos. E, na manhã de 1º de fevereiro, a solenidade simbólica, com a participação de autoridades e dos principais líderes do agronegócio nacional.

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