Segundo Dulândula Wruck, os produtores também são culpados pela grande incidência da doença nas lavouras, já que muitas vezes não cumprem as datas de aplicação dos fungicidas.
– A ferrugem é uma das doenças mais agressivas da soja, não necessariamente a mais importante. Nós temos excelentes fungicidas no mercado. O que nós estamos notando é um descaso, um problema no manejo, o produtor tem uma certa culpa nisso. Como seria a culpa? Ao utilizar a subdosagem, ou perder a época de aplicação – diz.
O produtor deve cuidar com o momento da primeira aplicação do fungicida. De acordo com Dulândula, esse é o momento mais importante.
– Não se deve perder a primeira aplicação, que acontece na fase do florescimento da soja. A ferrugem entra em Mato Grosso na primeira quinzena de dezembro, quando a soja está entrando em florescimento. É necessário que a soja já esteja protegida na fase de R1. Nas pulverizações subsequentes, devemos levar em conta que, em média, os produtos nos dão efeito residual de 14 dias, o que também vai depender das condições climáticas. Se estiver chovendo muito, o período de pulverização vai encurtar – explica Dulândula.