O Grupo Mutum chegou a Nova Mutum no início da década de 70, para criar bois de forma extensiva. Somente uma década depois passou para a lavoura. Hoje planta 15 mil hectares de soja e na safrinha 5, 2 mil hectares de milho, 3,4 mil de algodão e 1,6 mil hectares de sorgo.
Para o gerente do Grupo Mutum, Luiz Divino da Silva, a diversificação é importante.
– O resultado da empresa cresceu 500% – diz.
Há dez anos, o grupo decidiu implementar uma nova atividade: a piscicultura. Alevinos de várias espécies eram trazidos para esses tanques até ficarem prontos por mercado. Há seis anos uma outra mudança . Em vez de várias espécies, resolveram criar uma só, o pirarucu, peixe nobre da bacia amazônica. São 600 exemplares espalhados em 12 tanques. Quando adultos, os peixes podem ultrapassar os 200 quilos.
O zootecnista Luiz Gustavo Sydow explica que ainda estão aprendendo a lidar com a espécie. Este ano ocorreu a primeira desova das matrizes, e o processo de cria e recria deve ser frequente daqui para frente. Mercado tem, tanto para carne quanto para os alevinos.
– O alevino é vendido por centímetros, um peixinho pode valer R$100 – diz Sydow.
A instalação de agroindústrias no município também colaborou para diversificar a produção nas propriedades rurais. Em uma fazenda da região, o proprietário, além da lavoura, apostou na avicultura. Em 32 galpões aloja mais de 400 mil aves no sistema de integração.
Outra característica marcante nas propriedades da região é a integração das atividades. Em outra fazenda da cidade, a lavoura ocupa 4,6 mil hectares. Do outro lado, há uma granja suína com plantel de 4,8 mil animais.