O local escolhido para a realização do fórum foi a Universidade Federal da Grande Dourados, em Mato Grosso do Sul, numa região que planta 150 mil hectares de soja. E não foi à toa. Entre os 35 cursos oferecidos, quatro estão voltados para ciências agrárias: Veterinária, Agronomia, Zootecnia e Ciências Agrícolas. No próprio campus, existe uma área experimental de 300 hectares.
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Foi neste ambiente que os painelistas discutiram a situação dos próximos desafios do produtor rural. O presidente do Sindicato Rural de Dourados, Marisvaldo Zeuli, falou sobre dois problemas que mexem com o bolso do produtor: o combate às pragas, e a logística complicada que manda produção para os portos de Paranaguá e Santos:
– Com essa integração lavoura/pecuária, o nosso pessoal é preparado tecnicamente, as pessoas estão preparadas para produzir.
Mato Grosso do Sul, segundo dados atualizados, está aumentando a área plantada em 10%, chegando a 2.200 milhões hectares. Os números foram apresentados pela Famasul, que criou um grupo de combate à helicoverpa, praga identificada esse ano na região de Dourados.
– Sem dúvida nenhuma, hoje é o principal problema, que a gente tem que ficar atento e de guardião para que não ocorra uma infestação que você perca o controle – afirma o presidente da Aprosoja-MS, Almir Dalpasquele.
– Nós estamos tendo muita dificuldade, há muitos produtos patinando. Então é preciso realmente se criar toda uma estrutura governamental também de difusão de tecnologia. Quer dizer, de orientação. Nós não estamos tendo extensão rural. Então, quando você tem uma nova praga como essa fica todo mundo perdido. Então, é preciso ter agilidade – conclui o presidente da Aprosoja Brasil, Glauber Silveira.