Números da Associação Brasileira de Indústrias de Suplementos Minerais (ASBRAM) indicam que dois milhões de toneladas do produto foram comercializadas no país durante 2013. Estimativas apontam que 25% da boiada brasileira é suplementada apenas numa parte do ano – em geral na seca, quando os capins têm a velocidade de seu crescimento reduzida. Deixar de utilizar o sal mineral na criação bovina pode resultar em 12 vezes mais casos de abortos no rebanho e perdas de 20% no peso médio à desmama e de 40% ou mais no ganho diário de peso.
Os desafios para mudar esta situação são conscientizar o pecuarista da necessidade de suplementação e tornar o insumo mais competitivo, uma vez que o preço é pressionado pela concorrência com o setor de fertilizantes e pelos impostos e custos de transporte. Os minérios são importados e os que são nacionais sofrem com a ineficiência logística do país. Estados como Mato Grosso e Goiás, por exemplo, pagam preços cerca de 15% superiores por conta da logística, segundo Elizabeth Chagas, diretora da ASBRAM.
De acordo com levantamento de 2012 do Intistuto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Mato Grosso do Sul tem o maior rebanho bovino do país, com 21,4 milhões de animais. No entanto, as fazendas de pecuária do Estado são cortadas por estradas de chão, o que atrapalha o processo do frete. Além disso, curiosamente, algumas comitivas de boiadeiros ainda se aventuram a transportar rebanhos inteiros de uma fazenda para outra.
O Canal Rural Na Estrada desta semana mostra os bastidores da suplementação mineral. Uma das etapas mostradas no programa é a chegada do produto no cocho da Fazenda Barra do Sucuriú, em Três Lagoas (MS). Confira uma pequena prévia do episódio no vídeo abaixo.
Não perca o programa completo: ele vai ao ar no domingo, dia 31, às 8h e às 20h.
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