O presidente da Associação dos Criadores de Cavalos Appaloosa, Francisco Lopes Filho, explica que os animais chegaram aos Estados Unidos por volta de 1936. Os norte-americanos se interessaram pela pelagem e nomearam o cavalo de appaloosa. A raça, que hoje é top de linha, teve cruza com quarto de milha e puro sangue inglês.
De porte médio, o appaloosa é um cavalo resistente, ágil e corajoso. É usado para o lazer e para o esporte, como nas provas de tambor e baliza. Outra característica de destaque é a habilidade em velocidade a curtas distâncias. Lopes Filho cria a raça há 23 anos. Diretor aposentado de banco, ele tinha o sonho de criar cavalos e optou pela raça justamente pela pelagem.
– Porque ele tem a mesma qualidade das outras raças, só que com um diferencial, a pelagem. Então, quando uma égua nossa vai criar, a gente fica naquela torcida, que ninguém fica, só nós! Como é que vai nascer? Esta é a parte interessante – relata o criador.
O pecuarista, que mora em São Roque, há 48 quilômetros de São Paulo, mantém os animais no Haras Paiol Grande. São quase 60 animais, entre éguas de reprodução, animais de trabalho e de conformação. A paixão pela raça já contagiou a filha do criador, Scarlett, de 14 anos. Atleta da prova de tambor, ela participou da primeira competição aos cinco anos.
– Acho que puxei meu pai 100%, porque o appaloosa tem o diferencial, que é sua pelagem. Então todos são diferentes. Eu nunca vi até hoje um appaloosa igual – conta a atleta.
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