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Raça de ovinos corriedale representa 60% do rebanho do Rio Grande do Sul

Animais da raça originária do Uruguai têm aptidão para produzir lã e carneOriginários do pampa uruguaio, os primeiros ovinos da raça corriedale chegaram ao Brasil no fim da década de 1930. De porte imponente, cara destapada, narinas pretas e cascos também escuros, esses animais já foram bem mais populosos pelos campos do Rio Grande do Sul, quando a ovinocultura voltada para a produção de lã era uma das principais atividades econômicas dos pampas. Hoje, apesar da redução do rebanho, os ovinos corriedale representam ainda a maioria no Estado.

– Dos quatro milhões de ovinos do Rio Grande do Sul, já foram 11 milhões, o corriedale hoje representa 60% do rebanho, por ser a raça que mais se adaptou, porque tem duplo propósito, para carne e lã – afirma o técnico da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco), Lauro Fittipaldi.

A aptidão para produzir lã e carne, com equilíbrio de 50% para carne e 50% para lã, foi o que motivou a criação da raça, no fim do século 19, fruto de cruzamentos realizados pelo criador neozelandês James Little. Atualmente, há 400 criadores ativos no Rio Grande do Sul, mas a raça também está presente em mais seis Estados do país.

A rentabilidade é uma das vantagens de criar corriedale. Uma ovelha a campo produz, em média, cinco a seis quilos de lã em um ano. Neste mesmo período, deixa um cordeiro que entre oito e 10 meses pode ser abatido com 50 kg e um rendimento de carcaça de 45%.

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