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Em realidade de falta de espaço, cooperativa de Naviraí (MS) é exemplo na armazenagem de grãos

Coopasul já investiu R$ 100 milhões em estrutura nos últimos anosEm um país essencialmente agrícola, onde apenas 16% dos produtores conseguem armazenar a produção, o exemplo que chega do sul do Estado de Mato Grosso do Sul comprova a importância de se fazer investimentos no setor, o que é fundamental para toda cadeia. A equipe de reportagem do Projeto Soja Brasil visitou a maior cooperativa do Estado que, em apenas dois anos, dobrou a capacidade de armazenagem e vem conseguindo vencer o desafio, mas esbarra em outro entrave: a logística ineficiente.  Para que

Por isto, casos como o encontrado na cidade de Naviraí (MS) chamam tanto a atenção. Lá está localizada a Cooperativa Agrícola Sul Mato-grossense, uma das maiores do Estado. A Coopasul tem quase 800 cooperados e uma capacidade de armazenagem invejável. Só em uma das unidades são 17 silos que suportam até 180 mil toneladas de grãos.
 
– Na verdade isto é muito bom porque a gente percebe que o cooperado está se capitalizando. Ele consegue segurar a produção dele para vender, comercializar no momento mais oportuno – afirma o diretor da Coopasul, Edson Shingú.

>>Leia também: Pequenos produtores de Estação (RS) fundam cooperativa e resolvem problemas de armazenagem
 
Em apenas dois anos foi possível dobrar a capacidade de armazenagem. E mesmo assim, falta espaço para armazenar os grãos. O milho de inverno ainda está guardado e 40% da safra vai permanecer assim.

– O grande problema é o milho, que devido a este preço que é considerado ruim pelos nossos associados ainda tem bastante que a gente vai ter que deixar armazenado para passar para próxima safra. E isto vai dificultar para a gente estar recebendo o soja – salienta Shingú.
 
A cooperativa, que nos últimos anos já investiu R$ 100 milhões em armazenagem, tem projetos de expansão, mas precisa vencer também mais um desafio muito conhecido pelo setor: a logística ineficiente. O escoamento é feito pelo modal rodoviário. São 800 quilômetros até o Porto de Paranaguá ou 1 mil até Santos. Outra alternativa é rodar 300 quilômetros até o município de Maringá, no Paraná, e utilizar a ferrovia.
 
– Muito dinheiro que o produtor perde, porque este custo do frete para os portos é tudo descarregado em cima do produtor da matéria prima da soja. Este frete é muito caro. De Naviraí para Paranaguá, por exemplo, é R$ 95 a tonelada, chegando a R$ 135 por tonelada na época  do pico. Isto encarece bastante o custo de produção, principalmente no milho, que já tem um preço baixo, achatado. Este ano, por exemplo, vendendo a R$ 16, chegou a R$ 14. E se tirar R$ 6 ou R$ 8 do frete, o lucro vai embora – explica o vice-presidente da Coopasul, Yoshihiro Hakamada.
 
Para o analista da Safras & Mercado Eduardo Aquiles, a cooperativa faz o papel dela investindo em armazenagem, mas continua perdendo quando vira refém da logística.  

– Isto é um problema muito grave para um país, que quer crescer e tem pretensão de ser um dos maiores produtores de milho e soja do mundo, e quer ser um seleiro do mundo. É um grande problema que tem que ser solucionado, porque as estradas que a gente vê saturadas, muito caminhão, investimento em ferrovia lento, hidrovias também. Nós precisamos focar mais em outras alternativas até para melhorar a questão do escoamento do grão do Centro-Oeste do pais – afirma.

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