? A produção de leite no país, 50% dela está em Minas Gerais e todas em morros com inclinação de mais de 25 graus. Isso inviabiliza a produção de leite. O segundo ponto, com relação às multas porque se os agricultores vão recuperar o erro cometido, vão reabilitar a sua propriedade porque as multas têm que continuar existindo? ? questiona.
Decepcionados com a condução do projeto de lei, os parlamentares pediram o apoio do ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho. A bancada ruralista apresentou seis emendas para modificar o texto, que deve ser votado na Comissão de Meio Ambiente nesta quarta, dia 23.
? Eu vou conversar com o relator, Jorge Viana, apostando naquilo que nós fizemos até agora, que é um texto o mais convergente possível. Então vamos ver com o relator, quais que ele pode acatar e o que não pode acatar evidentemente que quando não tem acordo se decide no voto ? relata o senador Waldemir Moka (PMDB-MS).
Caso a negociação não progrida, dois partidos prometem obstruir as votações dos Plenários da Câmara e do Senado. Democratas e PSD já decidiram que se o código não for alterado, os partidos a partir desta terça, dia 22, deixam de votar projetos de interesse do governo nos plenários das duas Casas.
? O Democratas e o PSD começarão a obstruir a partir de hoje se não houver uma palavra muito firme do relator de que essas modificações serão possíveis ? aponta Kátia Abreu.
A CNA também pede o termo “agricultura familiar”, usado no texto, seja substituído por “pequena agricultura”.
E o Ministério Público Federal declarou que o relatório do senador Jorge Viana ainda precisa de ajustes. Segundo o subprocurador-geral Mário Gisi, é possível que o Ministério Público ingresse na Justiça com ações para cobrar a preservação do meio ambiente, caso alguns itens não sejam alterados. É o caso da anistia a quem desmatou área de reserva legal até julho de 2008 e a isenção de recompor a vegetação original a quem possui área de até quatro módulos fiscais.
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