Representante de produtores diz que interpretação da lei é forçada em remarcação de terras indígenas

Marinez Rosa Ronsoni diz que situação tende a se tornar cada vez mais graveNo norte do Rio Grande do Sul, diversos municípios estão afetados pela questão indígena. Cerca de 300 famílias vivem na insegurança de perder suas propriedades, e contam com uma representante voluntária para tentar resolver o problema.

De acordo com Marinez Rosa Ronsoni, que está à frente dos produtores interessados, o que acontece é uma forçação de interpretação de lei, ao mesmo tempo em que nada é feito para garantir direitos.

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Marinez conta que o problema envolve muitas vezes proprietários idosos, que se sentem desamparados pela incerteza de seus bens. Segundo ela, os produtores ficam em dúvida, inclusive, de continuar investindo nas propriedades, com receio de perder tudo a qualquer momento.

– Além disso tudo, a gente acompanha casos de depressão, relatos de pessoas que se suicidaram em função dessa grave situação, e as autoridades parecem que estão à parte desta situação do nosso país.

A representante alerta ainda que o risco de perda de terras cresce a cada dia, diante da falta de ação do governo federal. Há cerca de duas semanas, o governo do Rio Grande do Sul emitiu uma ordem de serviço retirando o trabalho de procuradores e levando exclusivamente ao Gabinete da Procuradoria:

– Nós entendemos isso como uma medida política e que de forma alguma vai ser bom para os produtores.

Marinez Ronsoni pede para que os agricultores não desistam da luta, participem e acompanhem o processo de remarcação de terras indígenas.

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