Rodovia RST 392 espera obras há mais de 20 anos no Rio Grande do Sul

Equipe do Soja Brasil considerou estrada como a pior já percorrida desde o começo da expediçãoNo último dia da segunda fase do Projeto Soja Brasil, a equipe teve uma desagradável surpresa: experimentaram a pior estrada percorrida desde o começo da expedição. A rodovia RST 392 fica em Tupanciretã, no Rio Grande do Sul.

O prefeito do município Carlos Augusto Brum de Souza, conta que diversas reuniões já aconteceram junto ao Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) para discutir um projeto de asfaltamento da estrada, mas a conversa nunca avançou.

– Sempre tem um entrave, sempre tem um problema. Nós acreditamos que há um desrespeito com o produtor de Tupanciretã – afirma o prefeito.

Segundo Brum, o governo já chegou a autorizar o início da obra, mas a responsabilidade da conservação ficou com o município, que dispõe de maquinário defasado.

– Estamos trabalhando com muita dificuldade. Num primeiro momento da nossa administração nós tivemos que recorrer aos produtores rurais, pedindo ajuda para que eles nos ajudassem a recuperar as estradas de Tupanciretã – diz o prefeito, que afirma ainda ter esperanças de que o governo do Rio Grande do Sul resolva o programa.

Enquanto isso, produtores contam que a RST 392 já está há mais de 20 anos sob promessas de melhoria. Em outubro de 2012 foi a última vez em que o governo do Estado anunciou o começo das obras da rodovia.

– E nós estamos aí buscando saber de quem é a responsabilidade da estrada – diz Carlos Brum.

Na última safra, Tupanciretã produziu 6 milhões de sacas de soja.

– E nós geramos imposto, com certeza, para fazer 4, 5, 6 estradas ao ano! – brinca o prefeito.