De certa forma, as condições das lavouras são muito boas, onde mesmo que algumas localidades apresentem perdas superiores aos 10%, a média na redução da produção estadual não chega aos 5%. Mas é fato que, devido à ausência de chuvas generalizadas e, sobretudo, em bons volumes, os solos se mantêm com níveis abaixo dos 70% de umidade, causando déficit hídrico em diversas lavouras de soja, desde o Rio Grande do Sul até o Piauí e Maranhão.
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O grande problema para a produção de soja nacional é que o regime de chuvas ainda continuará seguindo esse padrão de irregularidade, causando assim estresse hídrico e térmico, podendo, dependendo da fase fenológica da planta, causar menor ou maior dano.
Perdas irão ocorrer em todas as regiões produtoras do Brasil ao longo dessa safra, porém num valor bem menor do que as registradas na safra passada, como no caso dos Estados produtores do Nordeste. Isso porque não está sendo prevista uma completa ausência de chuvas e nem tão pouco grandes períodos de invernada, que poderão causar tanto perdas elevadas por déficit quanto por excedente hídrico.
Um exemplo é a previsão para essa semana, onde as chuvas ficarão mais concentradas sobre a faixa Centro-Norte do Brasil. Os maiores volumes de chuvas serão registrados nas regiões noroeste e norte de Mato Grosso, sul do Pará e Tocantins. Nas demais localidades do Centro-Oeste e norte do Sudeste e Nordeste a previsão para essa semana é de pancadas de chuvas.