? A maioria das matas e das águas estão sendo preservadas pelos pequenos agricultores, porque eles vivem nessa realidade. Eles sabem sobre a importância que tem a mata de pé, a água para seus animais e para o próprio consumo. Então, seria muito importante ter uma compensação por isso. Até para viabilizar a esses agricultores menores a permanência na atividade ? afirma.
Segundo o delegado do Ministério do Desenvolvimento Agrário do Rio Grande do Sul, Nilton Pinho de Bem, é preciso pensar nos pequenos produtores rurais e ainda criar uma legislação mais firme em relação aos grandes desmatadores.
? Embora tenha havido alguns avanços, o Código Florestal ficou muito aquém daquilo que se precisava para uma proteção adequada dos nossos recursos naturais. Sobretudo, o tema da água. E também àquilo que diz respeito às grandes produções agrícolas ? diz.
E o principal questionamento da área agroecológica ainda é a questão da isenção de multa para os desmatamentos, conforme o diretor técnico da Emater, Gervário Paulus.
? Eu penso que está havendo retrocessos. A própria proposta que foi da Câmara para o Senado foi alterada, no sentido de tornar mais liberal, especialmente no que diz respeito à multa de quem desmatou. E sobretudo na região Norte, onde houve grandes desmatamentos recentes. O texto propõe uma espécie de anistia para quem desmatou antes de 2008, o que sempre é um péssimo exemplo ? aponta.